Com ouro de David Leão, Brasil brilha no Mundial da ISA
Medalha de ouro de David Leão na prova de Sprint coloca o Brasil para a 7ª colocação no ranking final do ... leia mais
Após uma semana intensa chega ao fim, em Wanning, na China, o Mundial de SUP e Paddleboard da ISA. A competição realizou em seu último dia as provas de revezamento por equipes no SUP e Paddleboard consagrando a vitória da Austrália no quadro geral de medalhas. Em sete anos de ISA World SUP and Paddleboard Championship, os aussies venceram seis torneios.
O último dia de competição na Península Shenzhou contou com a prova de revezamento, onde 14 nações competiram em um circuito de quatro voltas. Cada equipe era formada por quatro atletas, dois homens e duas mulheres, remando de SUP e Paddleboard.
Cada competidor completou uma volta no circuito, remando ao redor das boias antes de correr até a praia para alcançar seu companheiro de equipe.
A equipe australiana foi a grande campeã, seguida pelos EUA, com a Prata.
Já o Bronze chegou a um final emocionante entre o neozelandês Trevor Tunnington e o dinamarquês Casper Steinfath. Tunnington derrotou Steinfath por frações de segundo na linha de chegada, levando o Bronze para sua nação, deixando o Cobre para a Dinamarca.
A equipe brasileira formada por Vinnicius Martins, Jessika Moah, Arthur Santacreu e Aline Abad, ficou na 11ª colocação.
EQUIPES MEDALHISTAS NA PROVA DE REVEZAMENTO
Ouro – Austrália
Prata – EUA
Bronze – Nova Zelândia
Cobre – Dinamarca
AUSTRÁLIA CAMPEÃ ENTRE AS NAÇÕES
Após um início tímido, a equipe australiana foi subindo de produção nas provas, sobretudo impulsionada pelos resultados obtidos no Prone Paddleboard, fechando sua campanha com chave-de-ouro ao vencer a disputa de revezamento por equipes no domingo (02).
Vice-campeões do Mundial, os EUA conquistaram a medalha de prata, o melhor resultado do país desde que conquistaram o ouro, em 2015. A equipe da França ganhou o Bronze, e a equipe da Espanha completou o pódio entre as nações conquistando o Cobre.
A campanha vitoriosa da Austrália no Mundial resultou em cinco medalhas de ouro individuais: Shakira Westdorp (SUP Wave), Grace Rosato (Paddleboard Técnico e Longa Distância), Lachie Lansdown (Paddleboard Técnico) e Michael Booth (Longa Distância) e mais oito medalhas entre Prata, Broze e Cobre, conquistadas por atletas como Terrene Black, Sam McCullough e Harry Maskell.
Grace Rosato brilhou como a única atleta da competição a levar duas medalhas de ouro pra casa e Shakira Westdorp mostrou sua versatilidade ao ser medalhista em duas modalidades: Ouro no SUP Wave e Bronze na Longa Distância.
O Brasil encerrou sua participação no Mundial na 11ª colocação mesmo com as duas medalhas de ouro de Luiz Diniz e Athur Santacreu, e as duas medalhas de bronze de Caio Vaz e Vinnicius Martins. Porém, a falta de atletas no Paddleboard e o quadro reduzido de competidores brasileiros, levaram nossa equipe a perder pontos que certamente nos colocariam em lugares mais altos no ranking geral se tivéssemos disputado todas as provas.
Quem acompanhou a série de reportagens especiais que foram feitas aqui no Aloha Spirit Club sabe dos inúmeros contratempos que marcaram a trajetória de nossos atletas para chegar à China, a começar pelo trauma do cancelamento do Mundial em Búzios, passando pelas desistências de diversos nomes de nossa equipe, por conta dos custos da viagem, à luta daqueles que embarcaram para a China para conseguir chegar lá e representar nosso país com muita dignidade.
E ainda que a 11ª colocação não seja o “resultado dos sonhos”, tivemos uma das melhores campanhas do Brasil ao longo dos Mundiais da ISA em termos de resultados individuais.
Certo que por conta do formato deste Mundial, é necessário estimular mais o desenvolvimento do Prone Paddleboard em nosso país, seja incorporando a modalidade a alguma confederação já existente, ou por meio de uma federação própria, criada e constituída por atletas da modalidade.
Nossos atletas, como já estamos acostumados a ver, brilham em decorrência de trabalhos individuais e de muita luta por conta da falta de apoio.
Porém, vale também ressaltar a importância do circuito brasileiro organizado pela CBSUP que permite, ano após ano, que nossos competidores desenvolvam em alto rendimento suas habilidades em diferentes formatos de prova, e também de competições nacionais como o Aloha Spirit Festival, muito importantes sobretudo no fomento das categoria de base e amadoras.
A aproximação da CBSurf, agora ligada ao Comitê Olímpico Internacional, com a CBSUP , também poderá render bons frutos no futuro a depender da forma em que for conduzida. De concreto, já temos uma experiência muito boa com o apoio oferecido aos atleta de stand up paddle convocados para representar o Brasil no Pan-Americano de Surfe, que tiveram suas despesas de viagem custeadas pela entidade graças à bolsa destinada a atletas que representam nosso país em competições internacionais ligadas ao COI.
Por hora, deixo registrado aqui meus parabéns ao nosso técnico, Marcelo Esquilo, e a toda equipe de atletas brasileiros que literalmente atravessaram o planeta para representar nosso país com muita garra e dignidade: Arthur Santacreu, Luiz Diniz, Nicole Pacelli, Vinnicius Martins, Jessika Moah, Aline Abad, Caio Vaz, Isteffani Moraes, Guilherme Cunha e Patrick Winkler.
MUNDIAL DA ISA 2018 – CLASSIFICAÇÃO FINAL POR NAÇÕES
Ouro – Austrália
Prata – EUA
Bronze – França
Cobre – Espanha
5 – Nova Zelândia
6 – Japão
7 – Itália
8 – Dinamarca
9 – África do Sul
10 – Grã-Bretanha
11 – Brasil
Confira o quadro geral com todas as nações AQUI.
VÍDEO DO ÚLTIMO DIA
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