Brasileiros têm bom desempenho, mas ficam sem medalha na Longa Distância
Em dia intenso, brasileiros têm bom desempenho, mas ficam sem medalha nas provas de Longa Distância do ... leia mais
Após uma semana intensa chega ao fim, em Wanning, na China, o Mundial de SUP e Paddleboard da ISA. A competição realizou em seu último dia as provas de revezamento por equipes no SUP e Paddleboard consagrando a vitória da Austrália no quadro geral de medalhas. Em sete anos de ISA World SUP and Paddleboard Championship, os aussies venceram seis torneios.
O último dia de competição na Península Shenzhou contou com a prova de revezamento, onde 14 nações competiram em um circuito de quatro voltas. Cada equipe era formada por quatro atletas, dois homens e duas mulheres, remando de SUP e Paddleboard.
Cada competidor completou uma volta no circuito, remando ao redor das boias antes de correr até a praia para alcançar seu companheiro de equipe.
A equipe australiana foi a grande campeã, seguida pelos EUA, com a Prata.
Já o Bronze chegou a um final emocionante entre o neozelandês Trevor Tunnington e o dinamarquês Casper Steinfath. Tunnington derrotou Steinfath por frações de segundo na linha de chegada, levando o Bronze para sua nação, deixando o Cobre para a Dinamarca.
A equipe brasileira formada por Vinnicius Martins, Jessika Moah, Arthur Santacreu e Aline Abad, ficou na 11ª colocação.
EQUIPES MEDALHISTAS NA PROVA DE REVEZAMENTO
Ouro – Austrália
Prata – EUA
Bronze – Nova Zelândia
Cobre – Dinamarca
AUSTRÁLIA CAMPEÃ ENTRE AS NAÇÕES
Após um início tímido, a equipe australiana foi subindo de produção nas provas, sobretudo impulsionada pelos resultados obtidos no Prone Paddleboard, fechando sua campanha com chave-de-ouro ao vencer a disputa de revezamento por equipes no domingo (02).
Vice-campeões do Mundial, os EUA conquistaram a medalha de prata, o melhor resultado do país desde que conquistaram o ouro, em 2015. A equipe da França ganhou o Bronze, e a equipe da Espanha completou o pódio entre as nações conquistando o Cobre.
A campanha vitoriosa da Austrália no Mundial resultou em cinco medalhas de ouro individuais: Shakira Westdorp (SUP Wave), Grace Rosato (Paddleboard Técnico e Longa Distância), Lachie Lansdown (Paddleboard Técnico) e Michael Booth (Longa Distância) e mais oito medalhas entre Prata, Broze e Cobre, conquistadas por atletas como Terrene Black, Sam McCullough e Harry Maskell.
Grace Rosato brilhou como a única atleta da competição a levar duas medalhas de ouro pra casa e Shakira Westdorp mostrou sua versatilidade ao ser medalhista em duas modalidades: Ouro no SUP Wave e Bronze na Longa Distância.
O Brasil encerrou sua participação no Mundial na 11ª colocação mesmo com as duas medalhas de ouro de Luiz Diniz e Athur Santacreu, e as duas medalhas de bronze de Caio Vaz e Vinnicius Martins. Porém, a falta de atletas no Paddleboard e o quadro reduzido de competidores brasileiros, levaram nossa equipe a perder pontos que certamente nos colocariam em lugares mais altos no ranking geral se tivéssemos disputado todas as provas.
Quem acompanhou a série de reportagens especiais que foram feitas aqui no Aloha Spirit Club sabe dos inúmeros contratempos que marcaram a trajetória de nossos atletas para chegar à China, a começar pelo trauma do cancelamento do Mundial em Búzios, passando pelas desistências de diversos nomes de nossa equipe, por conta dos custos da viagem, à luta daqueles que embarcaram para a China para conseguir chegar lá e representar nosso país com muita dignidade.
E ainda que a 11ª colocação não seja o “resultado dos sonhos”, tivemos uma das melhores campanhas do Brasil ao longo dos Mundiais da ISA em termos de resultados individuais.
Certo que por conta do formato deste Mundial, é necessário estimular mais o desenvolvimento do Prone Paddleboard em nosso país, seja incorporando a modalidade a alguma confederação já existente, ou por meio de uma federação própria, criada e constituída por atletas da modalidade.
Nossos atletas, como já estamos acostumados a ver, brilham em decorrência de trabalhos individuais e de muita luta por conta da falta de apoio.
Porém, vale também ressaltar a importância do circuito brasileiro organizado pela CBSUP que permite, ano após ano, que nossos competidores desenvolvam em alto rendimento suas habilidades em diferentes formatos de prova, e também de competições nacionais como o Aloha Spirit Festival, muito importantes sobretudo no fomento das categoria de base e amadoras.
A aproximação da CBSurf, agora ligada ao Comitê Olímpico Internacional, com a CBSUP , também poderá render bons frutos no futuro a depender da forma em que for conduzida. De concreto, já temos uma experiência muito boa com o apoio oferecido aos atleta de stand up paddle convocados para representar o Brasil no Pan-Americano de Surfe, que tiveram suas despesas de viagem custeadas pela entidade graças à bolsa destinada a atletas que representam nosso país em competições internacionais ligadas ao COI.
Por hora, deixo registrado aqui meus parabéns ao nosso técnico, Marcelo Esquilo, e a toda equipe de atletas brasileiros que literalmente atravessaram o planeta para representar nosso país com muita garra e dignidade: Arthur Santacreu, Luiz Diniz, Nicole Pacelli, Vinnicius Martins, Jessika Moah, Aline Abad, Caio Vaz, Isteffani Moraes, Guilherme Cunha e Patrick Winkler.
MUNDIAL DA ISA 2018 – CLASSIFICAÇÃO FINAL POR NAÇÕES
Ouro – Austrália
Prata – EUA
Bronze – França
Cobre – Espanha
5 – Nova Zelândia
6 – Japão
7 – Itália
8 – Dinamarca
9 – África do Sul
10 – Grã-Bretanha
11 – Brasil
Confira o quadro geral com todas as nações AQUI.
VÍDEO DO ÚLTIMO DIA
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