5 dos piores alimentos para quem rema (e alternativas saudáveis a eles)
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Fala galera, você sabia que o treino de força é peça fundamental no planejamento dos treinos de endurance, ou seja, aqueles que visam melhorar sua resistência? Assim como os treinos leves, assunto do meu último artigo, a maioria dos atletas de endurance acaba negligenciando também os treinos de força. Antes de iniciarmos o tema, posso adiantar que treinos de força devem ser inseridos no planejamento, como treino protetor e potencializador de performance.
Os esportes a remo vêm crescendo muito no Brasil e no mundo, sendo a grande maioria atletas amadores, e muitos deles buscam, assim como atletas profissionais, uma forma de melhorar a biomecânica da remada e consequentemente a sua performance para se ter menos desgastes em suas provas. Vale ressaltar que a técnica de remada é totalmente dependente do condicionamento físico do praticante para que se tenha o melhor rendimento.
Temos diversas formas metodológicas de treinamento para atingir a tão desejada performance, uma dessas formas é o treinamento de força explosiva (potência), que tem se mostrado importante para a melhora da performance dos atletas, diminuindo a incidência de lesões e melhorando o rendimento. Melhoria essa que parece estar relacionada às adaptações neuromusculares geradas pelo treinamento de força, independente das manifestações e tipos de forças estimuladas.
No rendimento esportivo o treinamento em esportes a remo de endurance (SUP, VA´A, Surfski e Paddleboard) remetem a um maior consumo de oxigênio, maior tolerância a fadiga e melhora da economia do movimento e tem como aliado o treinamento de força que influencia diretamente no desempenho metabólico dos remadores, podendo estar associada a adaptações morfológicas (anatômicas) e neurais decorrente do treinamento.
Diante desta discussão vamos conceituar esta capacidade física de acordo com dois pesquisadores de peso no assunto. Para Bompa (2002), a força é a capacidade neuromuscular de superar uma resistência externa e interna. Já para Verkhoshanski (2001), a força muscular é a capacidade de superar a resistência externa utilizando de esforços musculares.
O treinamento de força contribui para a melhora da biomecânica do movimento da remada, através da melhora da capacidade física da força, da potência e na melhora do equilíbrio, aumentando a estabilidade articular e postural e contribuindo com a prevenção de lesões ligamentares em membros superiores (ombro, cotovelo e punho).
O treinamento de força pode promover aquele sprint eficaz e seguro na sua prova de endurance, determinado pela técnica de remada e a queda do gasto metabólico, que foram possivelmente proporcionadas pela otimização de mecanismos neurais advindos do treinamento de força máxima, como aumento na conversão de fibras do tipo IIx para fibras do tipo IIa, que pode evidenciar a melhora da capacidade oxidativa.
Uma das formas de treinamento de força que costumo utilizar com meus atletas são treinos com kettlebell e calistenia 2 a 3 vezes semanais de 3 a 4 séries com 6 a 8 repetições usando 40 a 50% do peso corporal em exercícios multiarticulares (supino, remadas, agachamentos, etc).
O treinamento de força, levar a uma melhora do desempenho de remadores de endurance através das adaptações neuromusculares decorrentes desse tipo de treinamento, uma vez que ela influencia o comportamento biomecânico da remada, minimizando assim o gasto de energia metabólica durante as atividades.
´´O treinamento físico é um processo responsivo e progressivo´´
Profº Paulo Vasco
Até a próxima, galera!