De olho no coração em esportes náuticos de endurance

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coração em esportes náuticos  Período de transição competição
Profº Dr. Paulo Vasco: “Se você tem mais de 40 anos, é fundamental passar por um médico cardiologista“. Foto: Arquivo pessoal

Fala galera, muito se fala dos benefícios físicos relacionados à performance nos esportes náuticos de endurance, mas os aspectos cardiovasculares vêm ganhando espaço na promoção de saúde, longevidade e desempenho de praticantes em esportes no mar.

A longevidade depende de alguns fatores importantes, como cuidados com a alimentação, o bem estar físico e mental e, principalmente, com o coração. Quem pratica esporte a remo de forma regular, percebe os benefícios da prática e, naturalmente, com o tempo, alguns podem adquirir gosto pela modalidade de alto desempenho, como longas remadas e competições. 

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Pessoas que praticam esportes a remo de endurance e com frequência, tendem a sentir mais os impactos que a prática pode proporcionar, como o aumento do coração. Pode parecer preocupante, mas esse reajuste nas dimensões anatômicas do órgão é apenas uma adaptação natural do coração à realidade da prática esportiva. 

A essa modificação denomina-se Síndrome do Coração de Atleta, que não é propriamente uma doença, mas uma série de alterações na funcionalidade do órgão, como em seu tamanho e estrutura. Algumas dessas alterações incluem o aumento das câmaras internas e da espessura dos ventrículos, o que diminui a frequência cardíaca (bradicardia), como resultado do aumento da eficiência do coração.

A Bradicardia é o fenômeno que indica uma redução na frequência cardíaca de repouso, resultado da prática intensa de exercícios aeróbios, onde os batimentos cardíacos podem aparecer em frequências menores do que 60 batimentos por minuto, o que para uma pessoa sedentária é um indicador de disfunções perigosas e ineficiência cardíaca, mas em um atleta, pode significar apenas o aumento do desempenho cardíaco em repouso. 

Na maior parte dos diagnósticos, nenhum tratamento é necessário, porque a síndrome é um quadro inofensivo para o paciente; entretanto, quem pratica exercício físico de qualquer natureza, em especial os aeróbicos de alto desempenho, precisa fazer o acompanhamento permanentemente com um médico cardiologista, a fim de diagnosticar ou prevenir outras patologias que possam surgir com o tempo.

Se você vai começar a praticar um esporte a remo de alta performance e tem mais de 40 anos, é fundamental passar por um médico cardiologista antes de ingressar em uma assessoria ou grupo de remada competitiva.

Só após uma avaliação completa do sistema cardiovascular, do sistema ortopédico e das doenças pré-existentes é que se deve iniciar seus treinos.

“O mar não é um obstáculo: é um caminho”

Amyr Klink

Até a próxima!

Instagram: @personalpaulovasco.

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