Exercícios de estabilidade: controle motor e da mente
Ana Carol Morelli fala sobre os exercícios de estabilidade, fundamentais para o equilíbrio e controle ... leia mais
Se antes o Brasil era tido como o país do futebol e o país do voleibol, nos Jogos Olímpicos de Tóquio vimos algo muito além. Nosso país bateu o próprio recorde, totalizando 21 medalhas, das quais quatro ouros foram nos esportes aquáticos: canoagem (Isaquias Queiroz), maratona aquática (Ana Marcela Cunha), surfe (Ítalo Ferreira) e vela (Martine Grael e Kahena Kunze). Isso sem falar das duas medalhas de bronze na natação com Bruno Fratus e Fernando Scheffer.
Ficou escancarada a perspectiva que temos com os esportes praticados na água. Não apenas pelas medalhas obtidas em Tóquio, mas levando em consideração o histórico de resultados que temos em campeonatos mundiais das respectivas modalidades. E claro, pelo fato do Brasil possuir um extenso litoral, de clima agradável, que favorece a prática de esportes aquáticos.
Cerca de dois meses antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, escrevi uma coluna falando sobre a possibilidade do bodysurf figurar na Olimpíada algum dia.
Cheguei a comentar que nas décadas passadas, o surfe e o skate eram esportes marginalizados – talvez até hoje esse preconceito esteja presente com muita força – e que poucas pessoas imaginavam ambos na programação dos Jogos Olímpicos.
Mas como esses esportes se tornaram olímpicos? O que eles fizeram para figurar no maior evento esportivo do mundo? Para um esporte tornar-se olímpico, é preciso que vários requisitos sejam preenchidos. São pontos que envolvem audiência, retorno financeiro, popularidade entre as novas gerações, dentre outros.
Mas será que existe alguma chance do bodysurf estar nos Jogos Olímpicos futuramente? Como isso poderia acontecer? Recentemente conversei com Gabriel Mangabeira, nadador finalista olímpico na Olimpíada de Atenas em 2004, medalhista em Jogos Pan-Americanos e recordista em diferentes campeonatos.
Mangabeira também é bodysurfer e por ter vivido de perto os Jogos Olímpicos, expôs sua opinião sobre a situação atual do surfe de peito. Conversamos sobre como esse esporte pode se tornar olímpico e quais os primeiros passos para trilhar esse caminho. Assista:
Para o Brasil, a inclusão do bodysurf nos Jogos Olímpicos caíria muito bem, uma vez que o país possui atletas renomados, de altíssimo nível. E com os grandes resultados conquistados na Olimpíada de Tóquio, a comunidade aquática como um todo está eufórica. Falando especificamente do bodysurf, não poderia ser diferente. Os atletas do bodysurf anseiam pela profissionalização do esporte, sua expansão e um circuito mundial a nível de WSL.
Fato é que a jornada será longa, muito longa, para o bodysurf figurar como um esporte olímpico algum dia. E talvez nem eu e nem você que esteja lendo essa coluna agora, estará “aqui” para ver esse momento. Mas no presente momento é em nossas mãos que está a grande oportunidade para atingir essa conquista no futuro.
Aloha
Letícia Parada
Conheça o canal de Letícia Parada no YouTube: Ela No Mar.