Kalani Lattanzi vence o 45º Pipeline Bodysurfing Classic

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Kalani Lattanzi
Kalani Lattanzi (ao centro de touca azul) entre os finalistas do 45º Pipeline Bodysurfing Classic. Foto: Reprodução

O waterman local de Itacoatiara (RJ) Kalani Lattanzi foi o grande campeão do 45º Pipeline Bodysurfing Classic. A competição, uma das mais importantes do mundo para o surfe de peito, foi realizada no último domingo, em frente ao Ehukai Beach Park, na costa norte de Oahu, Havaí.

A tradicional competição é normalmente realizada em Pipeline, porém, este ano, devido à falta de ondas consistentes na bancada, as disputas acabaram rolando na vizinha Ehukai.

O clima de camaradagem entre os 60 inscritos predominou, mas isso não impediu disputas bem acirradas na água, sobretudo na hora de esconder as melhores ondas, em maio aos famigeradas caixotes ou “quebra cocos” de Ehukai, quebrando na areia, que, além de perigosos, não permitiam a execução de muitas manobras. Mesmo assim, não raro, os competidores terminavam suas ondas literalmente na praia.

Local de Oahu, o vetereano Todd Sells surfou a melhor onda do dia e garantiu a terceira colocação do evento. Logo atrás dele, outro local, Kealii Punley, ficou com a quarta colocação.

O campeão de body board, Kai Santos, terminou a disputa em segundo lugar, apenas alguns pontos atrás do vencedor Kalani Lattanzi, de 28 anos.

De família brasileira, Kalani nasceu na ilha havaiana de Maui, mas cresceu na praia de Itacoatiara, em Niteroi (RJ). Ele é conhecido por surfar de peito ondas gigantes como Peahi (Havaí) e Nazaré (Portugal), conhecida pelas ondas pesadas e tubulares, e atualmente apontado como um dos melhores surfistas de peito do mundo.

Ele venceu a bateria com uma pontuação total de 14,60 (de 20 possíveis) faturando e um prêmio de US$ 500,00.

Finalistas 45º Pipeline Bodysurfing Classic:

  1. Kalani Lattanzi
  2. Kai Santos
  3. Todd vende
  4. Kealii Punley

Esporte ancestral

Ilustração “Surf Swimming Hawaii”, de George Thomas Bettany, feita no Havaí em meados do século 19, mostra havaianas praticando surfe de peito e surfando com pranchas conhecidas como “paipo”, considerada o ancestral do body board. Foto: Creative Commons

O bodysurf ou surfe de peito, chamado he’e “umauma” ou “kaha nalu” no dialeto havaiano, é praticado em diversas ilhas da Polinésia, como é o caso do Havaí, desde os tempos antigos. Acredita-se que o esporte surgiu inspirado pela observação dos golfinhos nas ondas, muito antes da invenção da prancha.

Embora o surfe de peito tenha evoluído para um esporte competitivo, seu principal atrativo ainda é o que sempre foi: a relação íntima entre o oceano e o surfista no que é considerado por muitos como a “forma mais pura de surfar nas ondas”.

Para saber mais sobre o evento acesse: pipebodysurf.com.

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