Casper Steinfath completa SUP travessia de 1400 km
Após quase dois meses de remada, Casper Steinfath completa SUP travessia de 1400 km pela costa da Dinamarca
A Expedição Anamauê, um grupo de remadores focados em expedições, realizou mais uma
aventura, dessa vez, tendo como foco o surfe de canoa OC-4
No início do ano, o grupo foi ver de perto e tentar surfar a onda da Pororoca, no rio Mearim, no
município de Arari (MA).
Na verdade, essa viagem era para ter acontecido em 2020, quando foi dado o primeiro call, em
uma conversa entre Douglas Moura e o Alemão de Maresias. Sonharam junto com essa onda,
falaram com o local Alan Bordallo do Pará, e depois de tudo encaixado, devido à Covid, tudo
foi adiado.
Em 2021 foi a mesma coisa, passagem comprada, tudo organizado e veio a segunda onda da pandemia. Porém um sonho não morre, se é de verdade a vontade, ele vai se construindo no
inconsciente.
No fim de 2021, Douglas e Alan começaram a conversar de novo e de repente a trip estava formada. Foi tudo muito rápido, as tomadas de decisão, qual canoa levar, datas… E tudo foi se
encaixando.
A tripulação dessa vez foi focada em uma galera com experiência no rio, no caso o Alan, e a
galera que já surfa há muito tempo, muito antes mesmo da canoa polinésia chegar. Portanto, esses foram os escolhidos para a viagem:
Quatro camaradas, quatro amigos unidos por uma proposta.
Apesar de todo o tempo de água da tripulação, tudo era novo. Ninguém tinha vivido, sentido,
visto a força que os esperava. E isso fazia a imaginação voar e o sangue borbulhar sempre que
nos encontrávamos virtualmente ainda para falarmos do assunto. E quando menos se percebeu, a Expedição Anamauê estava tendo início.
No dia 15/02 começava aquela que seria uma história de superação, amizade, trabalho em
equipe, frustração, explosão, felicidade e realização.
Douglas e Hélio pegaram logo o primeiro voo do dia para Belém para encontrar o Alan em
Belemna capital paraense, onde a canoa Poroc Poroc estava: no clube CaraunasCaruanas.
Durante o voo, a cabeça voava junto. Ali não tinha mais volta, Anamauê iria para a Pororoca.
Diferente das outras expedições que era no mar, um habitat conhecido para a maioria dos
integrantes das expedições Anamauê anteriores, dessa vez ia ser no Rio e na selva, um
ambiente totalmente desconhecido.
Era apenas deixar o fluxo das coisas acontecerem e ver no que ia dar. Na chegada em Belém, os amigos Vitória Nunes e JP, remadores e instrutores de Va’a na cidade foram receber os amigos e os levaram logo para comer um peixe com açaí tradicional!
Foi um almoço de boas-vindas, de boas energias antes de encontrar com Alan. Perto das 15h00 a expedição seguiu. De Belém até Arari a viagem é muito longa, cerca de 12, 13 horas. É uma missão real.
Muitos buracos, pista sem acostamento, sinalização quase inexistente. Parada na estrada para descansar, dia seguinte mais estrada e depois de dois dias de viagem Anamauê chegara ao seu destino!
Arari é uma cidade no interior do MA com cerca de 30.000 habitantes. A época da Pororoca é
um evento lá. A meninada começa a sair com suas pranchas, o movimento aumenta. Tudo gira
em função da troca de maré durante esse período.
E são nas luas novas e nas luas cheias que a Pororoca acontece, pois é quando há a maior
variação de marés.
Nos encontramos em Arari. Augusto tinha vindo do Ceará, e eu, hélio e Alan de Belém.
Ambos os locais muito longes. Com a carretinha ficava ainda mais lento nosso progresso. É
cansativo, só que a vontade de ver aquele fenômeno era enorme. Será que daria para surfar
de canoa mesmo? Como era o posicionamento? Qual a força? A velocidade? Perguntas ainda
sem respostas para a gente.
Levamos a canoa para o Curral da igreja, o local fica a 20 km do centro de Arari, montamos ela
e demos de cara pela primeira vez de onde sairíamos no dia seguinte para a onda. O
sentimento era de admiração e medo também. A água corria muito forte e com muitos
rodamoinhos. Como o rio Mearim faz curvas, não dava para ver de onde a onda vem, cerca de
15 km rio a dentro na bancada que almejávamos surfar.
Canoa amarrada, estaiada; era hora de tentar dormir. A onda passaria bem cedo, e para pegar
ela o horário de acordar era perto de 4 da manhã nesse primeiro dia.
Não foi fácil para ninguém. O rio nos permitiria dropar essa onda? Será?
Acordamos. Meu coração parecia uma batedeira. Minha mente flutuava imaginando mil
coisas.
Nos reunimos, colocamos o uniforme e o Gilvandro, nosso guia, nos mandou ir rio adentro que
depois ele encontraria com a gente, quando víssemos o Jet com os surfistas passar, a onda
estaria vindo e era hora de remar para ela!
A dica foi: Depois da curva, 3km. Como não tinha GPS, fomos mais ou menos pelo tempo. O
que a gente não contava e não conhecia era o poder da corrente que estava nos levando. E
pelo tempo dos 3km remamos quase 5km. A corrente tem nas suas horas mais fortes velocidades incríveis que chegam a 8, 10 km/h! Surreal isso. Eu nunca tinha lidado com algo tão forte em termos de corrente de água apenas.
Chegamos onde a gente achou que ia ser a onda. Ficamos no mangue. O coração a cada
minuto batia mais forte. A ansiedade de saber se ali era o lugar mexia demais com a gente. Ao
fundo, já se ouvia um ruído da pororoca, que parecia um uivo.
Esperamos, esperamos, ficamos tentando ver algum Jet vindo… De repente, alguma coisa no
horizonte! A galera disse para ir, como não vi nada do que foi combinado, achei que não fosse
a onda boa, e abortei. Grande erro da minha parte. A onda passou e foi embora.
Nos vimos ali, no Rio, parados, sem entender direito… Eu me culpei muito, a primeira tentativa foi por água abaixo – literalmente. O time na hora ficou frustrado. E fomos embora com a corrente. Eu
pedindo desculpas, e entendendo que era mesmo o dia de errar.
Alan, Augustinho e Helio absorveram bem também e fizemos um bate papo para não errar de
novo.
Nós quatro temos as tradições da canoa polinésia muito intrínseca dentro das nossas bases e de
nossas vidas e quando olhamos para trás, Alan manda: “Irmão, energeticamente fizemos tudo
errado! A canoa não foi batizada, não fizemos a roda de energia, não oramos, não pedimos
permissão nem licença para o Mearim. Vamos fazer o batismo da Poroc Poroc e dar o Mana, a
vida a essa canoinha Douglitos!”
Aquela percepção dele foi incrível e concordei plenamente com tudo. Chamamos os amigos
locais e no fim do dia tive a honra de fazer o batismo da Poroc Poroc na beira do Mearim! Um
dos batismos mais importantes e fortes que tive a oportunidade de fazer em toda minha
carreira.
Nota Alan:
“Nesse batismo, foi utilizado o Mururé para derramar água na canoa. Esta planta
aquática comum na Amazônia (que no Maranhão se chama Mururu e no Rio de Janeiro,
Gigoia), carrega uma doutrina da pajelança Caruana, que foi narrada a Alan pela pajé
Naraguaçu. A ancestralidade e conexão que vimos ali foi muito marcante pra mim,
pessoalmente.”
Foi muito forte. A emoção de todos, a Poroc Poroc ganhando vida espiritual com as águas tão
potentes e que tinha nos ensinado grandes lições até ali já. Foi uma das grandes viradas de
energia da viagem.
Nos sentimos agora sim conectados. Com o Rio Mearim, com a Poroc Poroc, com a selva,
conosco mesmo.
Ali começara um novo capítulo da nossa viagem. Um capítulo que saiu do plano físico para o
plano espiritual da viagem.
Fomos para o hotel e nos conectamos de novo. Revemos todos os passos e agora quando
viesse a onda e gente iria, pois vimos que ela cresce a medida que ela vai entrando na bancada.
No segundo dia as coisas foram melhores. O Gilvandro nos posicionou melhor e ai quando ela
veio pegamos a primeira onda da viagem! Pequena, pois ela não formou na segunda bancada,
como o esperado, mas já seu para sentir ela.
Andamos já por quase um minuto inteiro na onda! Issa! Surfamos a pororoca! Depois de um dia todo de expectativas o rio liberou a onda para nós! O sentimento já era outro! Entre nós 4, entre nós e a Poroc Poroc e entre todos nós e o Rio Mearim!
Voltamos amarradões para casa e aí era o dilema… vamos para o outro pico mais lá dentro do Rio ainda ou de novo ali no terceiro dia?
Como era a onda lá do paredão? Onde dropar? Onde se posicionar? Era o dia da onda maior, e a galera decidiu arriscar. “Vamos lá, para ver essa onda!“, Augustinho e Alan disseram!
Mais um dia de adrenalina para dormir… Era todo dia isso… Ansiedade, adrenalina,
expectativas. Até então um dia bom e um não vou dizer ruim, vou dizer de aprendizado.
Como seria lá nesse terceiro dia?
Acordamos bem cedo, a remada seria a mais longa até então. Antes de sair de casa, cada um
fez seu ritual. Eu fui lá para frente do rio sozinho e conversei com ele… “Ah Rio, se achar que a
gente merece, de essa chance para a gente”! Foi mais ou menos o que pedi para Ele. Fomos os quatro em silencio no carro.
Quando a gente chega lá, Hélio percebe que as borrachas não estavam mais nas canoas! E
agora, o que fazer? Alguém tinha tirado… Na verdade depois fomos saber que tem um homem
lá que não bate muito bem das ideias que coleciona cintos e os amarra no braço, pegou
as borrachas como cinto e as colocou também no braço (risos).
A gente tinha um problema e tinha que achar uma solução rápida, caso contrário a onda ia
passar. Pegamos as fitas que trouxemos as canoas e pronto. Solução encontrada e canoa já
amarrada de novo.
Plano B sempre tem que estar pronto para entrar em ação! Mais um problema resolvido com calma e de forma eficaz na Expedição Anamauê.
Entramos na canoa e deixamos a corrente nos levar. No meio do caminho Hélio não se sente
bem, infelizmente começou a se sentir muito mal. Quando chegamos onde o jet estava, já na
reta do paredão, começaram uns calafrios e o Gilvandro também estava com os mesmos
sintomas. Não tinha como os dois continuarem. Eles tinham que voltar para a cidade.
O dilema nosso, meu de Augustinho e de Alan era, e nós? Qual vai ser? Eles vão com o Jet e se
a gente perder a onda? Segundo o Gilvandro, não dava para entrar no Rio remando porque a
corrente jogaria a gente para frente e não faria a curva para o retão.
Essa hora foi crucial. Decidimos ficar. Vimos o Jet indo embora e ficamos nós 3 ali no barranco
de lama, sem saber de nada mais. Onde a onda vinha, como ela vinha, quando ela vinha.
Fiquei ali segurando a canoa pelo cabo de reboque esperando algum sinal… Imaginem nossos
corações como não estavam? Era um silêncio profundo na selva.
De repente a gente viu uns Jets de outra equipe vindo a milhão! “Galera, acho que é!“, Alan disse!
Só que se fossemos antes, a corrente nos arrastaria e a gente ia perder a onda de novo! E era ela! Saímos os 3 para a remada da vida! “Vai, rema, rema!” E ela vindo grande, correndo, e a gente tentando entender a hora de virar, o pico certo! E aí viramos, e quando vimos uma explosão tomou conta da gente! Estamos surfando a Pororoca!
Os amigos do surf vibraram muito! Nosso esforço estava sendo recompensado! Ali parece que o Rio finalmente havia nos abraçado e nos liberado a surfar! Nos deu aquela onda! E fomos embora! Hora na parede da frente, hora na de trás! E conectamos a seção da onda toda por 6 minutos!
Era a nossa redenção! Era o momento que fez valer todos aqueles dias de luta! Encontramos a galera do Jet e pegamos uma carona para tentar pegar a primeira bancada, mas principalmente para entrar na curva do paredão. Estava muito arrasto para o Jet, nós e a galera toda.
Desse jeito ninguém ia surfar e para a gente já estava bom, a cabeça já estava feita. Como já
tínhamos entrado no canal do retão, liberamos o Jet para os amigos do surf tentarem surfar.
E aí, do nada, chega o Jet que tinha ido deixar Gilvandro e Helio para ver como a gente estava. Ah, com o Jet dá para buscar essa onda! Passamos o cabo, e fomos muito rápido! Quando vimos a onda estava ainda antes da bancada!
“Acelera, vai piloto!”, Alan mandou!
E quando vimos ela estava ali se formando de novo na primeira bancada!
“Solta o cabo piloto! Rapido!”
E aí foi abrir o sorriso e fazer o drop de novo, dessa vez junto com a galera local toda do surf! Conectamos a bancada, a onda fechou, e a de trás estava melhor ainda! Drop em pé e mais
uma vez indo embora! Até chegar no fim da bancada quando a onda morreu!
“Ahhhh mulequeeeee!!!”, foi o que saiu da minha boca ali!
“Surfamos a Pororoca! Surfamos a Pororoca!”
A rapaziada toda ficou amarradona com a gente, o Rio Mearim finalmente nos permitiu surfar
sua onda poderosa, uma das coisas mais alucinantes da natureza e que já vivi!
Nos fechamos, nós três, nos abraçamos e viemos resgatando a molecada local pela correnteza do
Rio.
Era o dia pelo qual eu e Alan sonhamos lá trás. Esse foi o dia mesmo. E que junto com Augustinho conseguimos realizar e materializar!
Que experiência, que força que nos fez sentir tão pequenos e tão grandes ao mesmo tempo.
A Poroc Poroc ganhou vida depois do batismo e foi uma guerreira que nos levou para a onda e
permaneceu ilesa, deslizando com maestria pelas águas do Mearim. Para ela apenas uma
viagem das muitas viagens para a onda que é o seu nome.
Anamauê cumpria sua missão de uma Expedição de surf entre irmãos! Nesse dia, para ficar ainda mais especial, demos carona na canoa para o jovem local, Adriano João Carlos, um menino muito esperto que surfava lá. E quando demos o remo para ele, ele sabia o que fazer pelo instinto puro.
No dia seguinte ainda teria mais uma onda, e a gente já sem estrutura decidiu surfar ali na Pipoca com os moleques.
Passei o Leme para o Alan, ele merecia. Fez essa viagem acontecer! Irmão de Va’a que
mostrou muito seu valor como amigo, como remador, como casca grossa nessa viagem!
A última onda era dele para fechar a Trip. Fui para o Leme de proa, Augustinho no 2. Hélito infelizmente ainda estava mal. Esse foi talvez o único ponto ruim da viagem, Helito não poder viver os dois dias conosco como planejado. Fica para uma próxima…
Quando chegamos na canoa, João Carlos Adriano estava lá e perguntamos se ele queria ir
conosco. Já estava pronto antes da resposta (risos). Dessa vez ele seria nosso guia. Foi uma experiência e tanto!
Ficamos ali no pico deles, com os amigos deles chegando junto com a corrente, boiando nas
pranchas. E então ficam ali todos eles esperando a única onda para todos irem juntos! Se isso não é o espírito Aloha, eu não sei mais o que é!
E aí, de repente, a onda começa a apontar na curva…
“Vai! Não, volta! Vai sim!” (risos)
E fomos. E pela última vez dropamos aquela onda na viagem! A alegria do João Carlos Adriano
era contagiante! Ele estava radiante de ter surfado com a gente! E a gente radiante de ter
surfado com ele! Que menino especial!
Na volta viemos de novo resgatando a meninada toda. Chegava perto, eles agarravam no cabo
de estai, a gente deixava na margem e voltava. E assim fomos conhecendo mais eles.
Quando chegamos na margem, foi mais um momento muito legal. Agora eles já estavam mais
soltos com a gente, brincavam, e estavam amarradões com a canoa polinésia, da forma como
levamos a canoa polinésia!
Era risada e mais risada, verdadeiras com os nossos novos amigos do Mearim! Chegara a hora de botar a canoa na carretinha e agora todos eles nos ajudavam. E foi aí rapidinho estava tudo no lugar.
Voltamos para a pousada, e para finalizar ainda tivemos a oportunidade de almoçar com o Ruan, diretor de turismo da região, e trocar altas ideias sobre o futuro do Va’a ali.
Depois de cinco longos e intensos dias estava na hora de voltar para casa. Nada estava igual mais. Nossa energia estava outra, nossa cabeça estava a mil.
Como aprendemos nessa viagem! Quantas lições tiramos! De humildade, de força de vontade, de determinação, de ser aluno de novo e perceber que não fizemos nada além daquilo que o Rio Mearim nos deixou fazer.
A certeza é que para surfar essa onda bem precisa-se de muitas temporadas, o fluxo de água é
diferente, é perigoso ficar para trás.
Voltamos ainda mais cientes do poder dessa Pororoca do Mearim, mesmo não tendo tido
nenhuma quebra ou wipe out. Na próxima pode ter. O Rio é quem manda, e o Ruan falou
antes de ir embora que o Rio valoriza aqueles que se esforçam, e todos na vila viram o esforço
real da Expedição Anamaue. Por isso ele deixou a gente.
A Pororoca na minha visão de Leme se diferencia muito do mar, tive outra impressão da
velocidade, e aí fui tentar entender com meu brother Oceanógrafo Guilherme Einloft o porque
de eu ter sentido isso.De acordo com Guilherme, enquanto a onda do mar quebra e “morre”, a espuma do Rio não significa
uma quebra de crista, mas sim as cristas vão se formando pela velocidade da onda e da
corrente, a aí vai indo embora enquanto a corrente tiver força. Por isso essa sensação de
velocidade maior e de mais peso no Leme. É a onda entrando no Rio sem quebrar, portanto
sem morrer.Nessa viagem a gente não foi atrás de nada além de conhecer a onda. A conhecemos um
pouquinho só. É o tipo de onda que demanda ir mais vezes para aplicar o aprendizado. E acho
que foi por isso que deu certo dessa vez.
Foi uma trip de irmãos. No fim, além de conhecer as ondas, mais do que tudo passamos a nos conhecer melhor, entre nós e dentro de nós.
Conhecemos também grandes amigos pelo caminho, daqueles que mesmo que não nos
encontramos mais pelo rumo da vida, ficam marcado pela energia boa! E aí faço questão de
saudar os irmãos: Serginho LongBrother, Cassio (Local da Porora), Adriano e J.Carlos
(meninada mais jovem do surf de lá), Ruan, Tito, Gilvandro, Rogério e todo mundo que
mandou boas vibrações!
Voltamos para casa ainda nesse dia, mais 13 horas de viagem até Belem. Eu e Alan tivemos
muito tempo para conversarmos durante essa viagem, e as certezas. Obrigado Rio Mearim!
Anamauê cumpre sua missão: Acabar mais amigos do que começamos!
Aloha!