Condições desafiadoras encerram o Aloha Spirit Cabo Frio

Compartilhe
Vento e ondas mexidas na prova de Race Técnico. Foto: Luciano Meneghello

O Aloha Spirit 2019 foi encerrado em grande estilo na etapa de Cabo Frio/RJ. Se no sábado de manhã, o mar estava liso, tranquilo, já na parte da tarde e, sobretudo no domingo, as condições mudaram, com muito vento, ondulação e correntezas, tornando as disputas desafiadoras. O maior festival de esportes aquáticos do Mundo reuniu mais de 1.100 atletas de 14 estados e também do exterior, divididos em sete modalidades na Praia do Forte.

Leia mais: Disputas acirradas abrem o Aloha Spirit Cabo Frio

Na natação em águas abertas – 3.800 metros – Artur Pedroza e Gabriela da Silva Alves repetiram as vitórias de sábado na prova curta. “Foi bem diferente. Mar mexido, difícil de nadar, mas é legal, porque a gente sai um pouco da zona de conforto e mostra que precisa treinar em águas abertas, para ter confiança”, disse o experiente e multicampeão do Aloha e outras provas emblemáticas, Artur Pedroza. “Gosto muito de competir no Aloha, tem outros esportes, a gente acompanha tudo e, quem sabe, um dia participa em outra modalidade”, ressaltou.

Alexandre Ferreira foi o “fita azul” da prova. Foto: Luciano Meneghello

Depois de manter a hegemonia no stand up paddle (SUP) no sábado, Lena Ribeiro venceu domingo na canoa havaiana individual (OC1). Como não poderia ficar até o horário da prova técnica de sua modalidade, resolveu participar na canoagem e mais uma vez levou a melhor. “Há muito tempo não fazia, porque normalmente tem outra prova de SUP, mas como tenho uma prova para pegar o diploma da Faculdade de Educação Física, e queria estar aqui, resolvi competir”, explicou.

Quase desisti, porque está bem mexido. Na largada era muita gente e só tentei não cair. Só descobri que tinha sido primeira quando cheguei. Mais do que vencer, o legal foi se divertir. O downwind (remada a favor do vento) estava incrível”, complementou a medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, no SUP. Na disputa masculina quem levou a melhor na OC1 foi novamente Luiz Henrique Barta.

Largada da provas de canoas individuais e em duplas e surfski. Foto: Luciano Meneghello

Sem Lena no SUP técnico, os dois primeiros lugares ficaram com estrangeiras. A vitória foi da peruana Giannisa Vecco, seguida da dinamarquesa Tina Anderser. “Foi muito duro, muito vento, ondas grandes, mas foi divertido. O lugar é muito lindo”, falou a peruana. Na disputa masculina, Eri Tenório, que mora na Flórida/EUA, repetiu a vitória da prova longa no sábado.

Já no surfski, Alexandre Ferreira, o Tico, foi o mais rápido. “Foi sensacional, vento muito forte, ondas muito grandes, muita corrente, mas fizemos 5 km maravilhosos de downwind”, relatou. No sábado, quem levou a melhor no waterman, uma espécie de triatlhon, com natação, paddleboard e SUP, foi Fabrício Meirelles Lofrano.

A peruana Giannisa Vecco soube surfar com habilidade sua 14 pés em um mar difícil. Foto: Luciano Meneghello

Outro destaque foi a realização da primeira prova de canoas V3, com nove equipes, sendo três homens e três mulheres, se revezando na disputa de 6 km. Vitória da Genesis, com Rafael Leão, Fabiana Ferreira, Murilo, Luciana, Rafael e Priscila. “Foi um momento legal, especial, teremos um pequeno ajuste, mas a primeira prova teve uma adesão grande, com muita gente assistindo e torcendo. Trouxe dinamismo ao va’a, com o formato de disputa que vai entreter e as pessoas possam acompanhar”, falou João Castro, que também participou da competição.

Eri tenório mostrando intimidade com o mar de Cabo frio. Foto: Luciano Meneghello

MUDANÇAS EM 2020 – O criador do evento anunciou grandes novidades e mudanças para 2020. “O Aloha Spirit foi fundado em 2009, construiu um modelo de eventos de competições aquáticas que não existia. Hoje virou inspiração. Existe no Brasil todo provas nesse modelo e isso é muito bom. É hora do Aloha instituir um novo formato de provas, novas modalidades. Vai mudar muito em percursos, em disputas, em modalidades. Diria que vai mudar radicalmente”, revelou. “Vai se apresentar de uma maneira completamente diferente para os próximos dez anos”, completou.

O Aloha Spirit 2019 tem o copatrocínio da Riachuelo e Cerveja Enseada, com apoio da Prefeitura Municipal de Cabo Frio e Secretaria de Turismo, Projetos Mares Limpos – ONU Meio Ambiente, Menos 1 Lixo, Mormaii, Mirage e Revista Trip. Realização: Associação Magna de Desportes e produção da Ecooutdoor Sports Business.

Compartilhe