Direto do Molokabra, Oscar Chalupsky fala sobre o downwind cearense

Compartilhe
Oscar Chalupsky Molokabra
Lenda-viva da canoagem oceânica, Oscar Chalupsky está impressionado com a qualidade do downwind cearense: “Potencial para ser o maior destino de surfski do mundo“. Foto: Stephan Eilert

Na última sexta-feira (10) a edição de 2021 do Molokabra, o maior festival de downwind do Brasil, teve sua abertura oficial na cidade de Fortaleza (CE).

A primeira prova de downwind está programada para acontecer no domingo, dia 12 de setembro, dedicada exclusivamente às modalidades à vela. Já as provas à remo começam no dia 15, quarta-feira, e seguem até sexta, com a prova de 52 km.

E enquanto as disputas não se iniciam, a organização do Molokabra está promovendo feiras e uma série de clínicas aproveitando a presença de atletas e nomes de peso do esporte que marcam presença no festiva este ano.

Um desses grandes nomes, sem dúvida, é o sul-africano Oscar Chalupsky, uma lenda-viva da canoagem oceânica, 12 vezes campeão da Molokai Challenge, que visita o Ceará pela primeira vez e competirá no Molokabra.

Impressionando com o potencial da região para o downwind, Oscar bateu um papo com Marcelo Bosi, que preparou a seguinte entrevista para o Aloha Spirit Mídia:

Entrevista Oscar Chalupsky no Molokabra

Oscar Chalupsky Molokabra
Marcelo Bosi, Oscar Chalupsky e Rudah Bosi. Foto: Arquivo pessoal

Depois de uma semana em Fortaleza, quais são as suas primeiras impressões do lugar e das condições do mar para o downwind?

Este lugar tem o potencial para ser o maior destino de surfski do mundo. Tem tudo que você precisa e os custos de hospedagem são muito baixos. As pessoas são muito amigáveis ​​e o Uber é muito barato. As condições para downwind são excepcionais, pois você nunca precisa passar por ondas grandes para sair e entrar no mar. O vento é tão consistente. Nas viagens pelo mundo nos últimos 45 anos eu nunca vi um lugar como este.

Quais são os aspectos positivos para que Fortaleza possa sediar grandes eventos internacionais de downwind?

A equipe do Molokabra já tem experiência em organizar grandes eventos e o Iate Clube de Fortaleza tem uma ótima estrutura para sediar grandes eventos. Portanto, sediar um campeonato mundial seria um passo fácil para eles. Eu vejo este lugar tendo regatas mensais durante a temporada de ventos, onde remadores locais e internacionais viriam mensalmente. O vento e as ondas são perfeitas para todos os níveis de remadores de downwind. Lembre-se que o maior número de remadores são os Masters e este local é perfeito para o aprendizado e evolução deles.

Oscar Chalupsky Molokabra
Oscar Chalupsky orienta a medalhista mundial máster de surfski, Carmen Lucia, durante clínica. Foto: Stephan Eilert

O que você achou da organização e estrutura do Molokabra?

Pelo que posso ver, eles têm feito um grande progresso e estão evoluindo e aprendendo na medida que avançam. Tudo o que vi é o que você pode esperar em qualquer regata internacional. Acho que com mais visitas a outros eventos internacionais eles ficarão ainda melhores.

Você acha que mais remadores internacionais começarão a vir para competir no Molokabra no futuro?

Sim, depois da minha visita e do “boom” nas redes sociais, acho que todos os remadores com quem falei farão uma viagem para Fortaleza em breve. Precisamos apenas ter surfskis disponíveis para alugar e mais logística específica em terra. Como ônibus, reboques e motorista para os resgates após os downwinds. Você quer tornar o mais fácil possível para os remadores.

Oscar Chalupsky Molokabra
Oscar Chalupsky durante clínica de downwind oferecida pelo Molokabra. Foto: Stephan Eilert

Como você define a nova marca Nelo Surfski Brasil?

A marca Nelo Surfski Brasil nasceu da pura paixão pelo surfski e não existem muitos remadores com tanto entusiasmo como Marcelo e Rudah. Tem que viver o esporte e depois viver a marca, e eles já estão mostrando que vão fazer o surfski em todo o Brasil explodirr. A Nelo Kayaks de Portugal está aqui para apoiar o Nelo Surfski Brasil no que puderem. Oscar Chalupsky estará sempre aqui para divulgar o esporte e também essa nova marca.

Qual a sua visão para o futuro do surfski em Fortaleza e no Brasil?

Acho que o Brasil e mais especificamente Fortaleza será a capital do downwind de surfski no mundo. Porém, isso só irá acontecer se os responsáveis mantiverem o fogo aceso. Vamos precisar de mais treinadores específicos de surfski para espalhar os ensinamentos neste enorme país. Tem que ser um esforço de equipe com todos trabalhando com o mesmo propósito com a supervisão de Oscar Chalupsky.

Não perca nada! Clique AQUI para receber notícias do universo dos esportes de água no seu WhatsApp

Compartilhe