Fernando Rufino “Cowboy”: foco total em Tóquio 2021
Após conquistar duas medalhas de ouro na Copa do Mundo de paracanoagem, Fernando Rufino "Cowboy" se ... leia mais
Medalhista de ouro no Mundial da ISA, o remador húngaro Daniel Hasulyo escolheu a Indonésia para passar parte do ano, onde vive com a família, treina e testa equipamentos para seus patrocinadores.
A Indonésia possui um litoral abençoado, com clima tropical, praias paradisíacas e as mais variadas condições de mar.
Sem dúvida um lugar abençoado, mas até mesmo o “paraíso” pode cobrar seu preço para os mais ousados.
Hasulyo relatou um perrengue enorme que passou após ter sua prancha 14 pés partida ao meio enquanto surfava ondas grandes que quebravam sobre uma bancada de coral em mar aberto.
Em seu perfil no Instagram ele contou detalhes sobre a situação complicada em que se meteu, agradecendo a Deus por estar muito bem preparado fisicamente e também usando equipamentos de segurança. Confira o relato:
“Certos dias a natureza vai além do que somos capazes de lidar, e acho que é por isso que vamos lá e continuamos forçando os limites para ver o que é possível!
Esta manhã quebrei meu recorde pessoal de velocidade em uma onda com uma prancha de SUP Race de 14 pés, 37,25 km/h, mas tive que pagar um preço alto por isso.
Um swell muito sólido de 10-12 pés chegou à ilha dos deuses e eu saí com todos os preparativos necessários. Dois leashes, um bom colete flutuador e graças a Deus em boa forma para lidar com imprevistos.
Quando eu remei esta manhã para Oka Point, tudo parecia fora de proporções e lindamente ENORME. Fiz algumas boas ondas, algumas das maiores ondas que surfei em uma prancha de SUP Race, com certeza. Então veio uma série muito grande. Esperei e escolhi a terceira onda, mas depois do drop, ficou claro que a parede era muito íngreme, porém, não havia como voltar atrás.
Foi como descer uma catarata e entrar em uma montanha russa. Caí e quando levantei para respirar, vieram mais duas ondas na minha cabeça. A segunda era muito grande e tubular, quando vi o último gigante caindo em cima de mim (naquele momento minha bermuda estava no meu joelho e meu colete em algum lugar emaranhado em meus braços).
Enquanto era sacudido pela pressão da água subaquática, eu senti que havia parado de ser arrastado pelo meu tornozelo, então entendi que algo havia quebrado. Pensei que havia sido os leashes, mas, na verdade, tanto meu leash, quanto minha prancha, explodiram com a pressão da água!
Quando veio a calmaria e consegui avaliar a situação, parecia um cenário de naufrágio! [risos] Mas felizmente estava me sentindo bem, então depois de algumas respirações profundas, comecei a nadar para pegar as peças.
Quando juntei tudo, amarrei o leash em uma das partes e usei a outra metade do SUP com a quilha como uma pequena prancha para começar minha natação de 1 hora de volta à costa.
Com o swell chegando e a maré muito forte, vi que em alguns momentos minha frequência cardíaca estava em 200-201, só para ter uma ideia de quão forte os elementos estavam trabalhando lá fora”, revelou.
Felizmente, por ser um atleta de elite, Daniel conseguiu chegar à costa inteiro e sem precisar de resgate. Além disso, é patrocinado pela Starboard, o que significa que não terá que arcar com o prejuízo de quase R$ 20 mil (valor estimado dessa prancha no Brasil) por conta do equipamento perdido.
Mas, fica a lição, principalmente para os simples mortais, como nós: respeite o mar e conheça seus limites! Aloha.