Paddleboard com Leme: Entenda a importância da peça

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À esq. uma prancha de prone paddleboard com o sistema de leme e Patrick Winkler com sua Bark 18 Pés com sistema de leme. Foto: Reprodução

Quando as pranchas de prone paddleboard ultrapassam o tamanho de 14 pés, passam a se chamar “Unlimited”. A grande maioria das pranchas desta categoria varia entre 16 a 19 pés, ou seja, estamos falando de uma prancha com mais de 5 metros de comprimento.

Direcionar uma embarcação deste tamanho, utilizando somente os braços, é algo que exige bastante do corpo. Passando pelas duas principais competições de downwind do mundo da modalidade, a Molokai to Oahu e o Catalina Classic, basicamente 80% dos remadores da categoria utilizam a prancha com leme.

No Brasil, a única prova oficial da categoria unlimied é o Molokabra, evento que acontece anualmente no Ceará.

Visando atender a demanda crescente, o shaper e remador Mauricio Abubakir introduziu o leme em sua linha de paddleboard unlimited. Foram anos remando nesta categoria utilizando quilhas tradicionais, mas desde o primeiro semestre deste ano, Abubakir consolidou o projeto.

Mas, como utilizar a peça e quais suas reais vantagens na remada? Antes de entender, é necessário informar que a categoria existe somente para longas travessias e nunca é realizada em provas com curvas em boias ou na famosa prova “Técnica” onde os atletas tem que surfar as ondas na arrebentação da praia.

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O shaper e remador Mauricio Abubakir introduziu com sucesso o leme em sua linha de paddleboard unlimited. Foto: Reprodução

Como usar o leme?

  1. O leme fica na superfície da parte traseira da prancha na posição horizontal e o remador o manuseia com os pés;
  2. Um simples toque com os pés posiciona a prancha para a direção escolhida. Geralmente o leme tem uma angulação de 45° e não é muito diferente de uma canoa VA’A (na parte submersa);
  3. O atleta pode acionar o leme tanto na posição pronada (deitado) quanto na posição ajoelhada.

Por que utilizar o Leme?

  1. Potência da remada. Em muitas ocasiões, o atleta precisa direcionar a prancha com o braço e neste caso, com a utilização do leme, a energia dos braços fica toda concentrada na remada;
  2. Vento Lateral: ou também conhecido como sidewind, para muitos, é o pior tipo de vento. Neste caso, o remador fica deitado na prancha, fixa o pé no leme posicionado para navegação desejada e uma vez mais, utiliza os braços somente para remar;
  3. Descanso no downwid: quando o remador consegue se conectar nos “bumps”. Por breves segundos, o mesmo consegue descer a onda e descansar os braços, direcionado a prancha com o leme. Pode parecer pouca coisa, mas ao final de travessias com mais de 30K, pequenos descansos fazem a diferença.

Honestamente, a iniciativa da introdução do Leme nas pranchas aqui no Brasil, já deveria ter acontecido anos atrás. Mas agora chegou para valer, a boa notícia é que além das pranchas Abubakir na Bahia, a fabricante Deadline em São Paulo, já informou que seu protótipo chegará ao litoral ainda neste trimestre. Vale ressaltar que é perfeitamente razoável supor que também poderemos encontrar pranchas de paddleboard com leme da fabricante Ratones, no Rio de Janeiro, num futuro próximo.

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