Mar mexido: Dicas para superar essa adversidade nas águas abertas

Compartilhe
adversidade nas águas abertas
Em águas abertas, o segredo para lidar bem com as ondas é se adequar ao momento. Foto: Alexandre Janotti/ Desafio Aquaman

Fala, galera! Seguimos aqui falando sobre as principais dificuldades que nos deparamos na natação em águas abertas. Hoje falaremos sobre a influência das ondas na adequação do nado e na definição da estratégia de prova.

Vamos começar pela arrebentação. Para alguns nadadores, especialmente os iniciantes, esse trecho pode ser extremamente desafiador. Se você é dos que sentem medo ao observar aquele turbilhão logo no início da prova, a dica de ouro é: mergulhe! Passe por debaixo das ondas, uma, duas ou quantas vezes for necessário, pois assim você evita a “trombada”, que além de te deslocar, pode gerar pânico e insegurança. E lembre-se: quanto mais você se distancia da arrebentação, mais “estável” o mar fica. Portanto, se você passar dessa primeira barreira, a natação certamente irá fluir melhor depois.

Outro ponto importante é ver se não existe um degrau/vala, especialmente quando você estiver voltando (saindo da água), pois isso faz com que você não tenha o apoio dos pés se precisar se levantar/sustentar ou mesmo de impulso para mergulhar e passar da arrebentação. Afundar de repente também causa medo e se o mar tem muitas ondas então, dá aquele famoso caldo. Se você estudar ou procurar conhecer o local da prova com antecedência, verificando detalhes como esse junto ao seu treinador ou amigos que já fizeram a prova, você pode se preparar e seguir adiante mais tranquilamente.  
 
Já em mar aberto, o segredo para lidar bem com as ondas é se adequar ao momento. Retome aqui o último artigo onde falamos sobre correnteza. Imagine, por exemplo, se as ondas estiverem chegando pelo seu lado direito e você tem o costume de só respirar pela direita? Não vai dar muito certo. Por isso, nesse ponto, reforço também a importância da respiração bilateral.

Além disso, em um mar mais agitado, o ideal é uma braçada mais alta e reta, para não bater nas marolas. Ou seja, dê mais ênfase na fase aérea da braçada e fique atento para não travar o braço. O objetivo é obter uma boa extensão do movimento na fase de recuperação. O ciclo de braçadas também tem que ser condizente com as condições do mar, ou seja, quanto mais agitado o mar estiver, mais acelerado deverá ser o nado.

Uma técnica que também pode ser interessante em alguns momentos estratégicos é o nado crawl com a cabeça para fora da água, olhando para frente – também conhecido como nado de polo aquático. Dependendo do sobe e desce das ondas, a respiração frontolateral não é suficiente para que o nadador possa se orientar e enxergar a boia – ou qualquer outro ponto de referência. Mas atenção para não permanecer nessa posição por muito tempo. Quando erguemos muito a cabeça, o quadril e a lombar tendem a descer, tornando a posição de nado mais desconfortável.

Outra recomendação que acho legal é aumentar o ritmo da pernada na fase final da natação (quando estiver perto de sair da água). Isso fará com que o fluxo sanguíneo aumente na musculatura inferior do corpo, ajudando o atleta na hora de voltar à posição vertical, evitando tonturas e aquela famosa dobrada de joelhos quando pisar na areia.

É isso. Espero mais uma vez ter ajudado vocês no universo da maratona aquática. Voltamos em breve com mais conteúdos!

Abraço.

Não perca nada! Clique AQUI para receber notícias do universo dos esportes de água no seu WhatsApp

Compartilhe