
A importância do esporte na relação entre pais e filhos
O esporte tem o poder de fortalecer laços entre pais e filhos, mas a motivação deve ocorrer de forma natural

A canoa havaiana, polinésia — ou va’a, como é conhecida mundialmente — é um esporte que vai muito além da força dos braços. Cada remada é o resultado de uma sinergia corporal complexa, em que o ombro e a coluna desempenham papéis fundamentais. No entanto, é justamente essa relação que, quando negligenciada, se torna fonte de dores, lesões e queda de rendimento.
No movimento da remada, a potência não vem apenas do braço que enterra na água, mas do corpo inteiro. A força nasce nos pés, atravessa o tronco e chega ao ombro — que funciona como um ponto de transferência de energia. Para isso, a coluna precisa estar estável e móvel nas proporções corretas: estabilidade na região lombar e mobilidade na torácica. Quando esse equilíbrio se perde, o ombro é forçado a compensar (onde mora o problema crônico).
O ombro é uma articulação de grande amplitude e, justamente por isso, vulnerável. Em atletas de canoa havaiana, a repetição do movimento de “puxar a água”, combinada a falhas na técnica ou desequilíbrios musculares, pode levar a inflamações no manguito rotador, síndromes do impacto, tendinites e outras patologias dolorosas. A principal causa? Falta de suporte postural e de estabilidade escapular (nem sempre o trabalho será fortalecer).
Uma coluna torácica rígida reduz a rotação necessária para a remada. Isso sobrecarrega ombros e pescoço. Já uma lombar instável compromete a transmissão da força dos membros inferiores, diminuindo o rendimento e elevando o risco de lesões.
Por isso, a preparação física do remador deve incluir exercícios e orientação profissional que promovam mobilidade articular, fortalecimento muscular e estabilidade da escápula.
A redução de lesões passa pelo treino inteligente. Movimentos como rotações controladas com bastão, pranchas, exercícios com elásticos e mobilizações torácicas são estratégias simples e eficazes. Aliar isso a uma boa técnica de remada e acompanhamento profissional é o caminho para remar com potência e longevidade.
Na canoa havaiana, ombro e coluna trabalham em sintonia constante. Um depende do outro. Quando essa relação é respeitada e bem treinada, o resultado é uma remada mais fluida, eficiente e segura. Cuidar do eixo ombro–coluna é garantir não apenas performance, mas também saúde dentro e fora d’água.