Hiperventilação: Como salvar sua prova em um momento de estresse
Olá amigos! Muitos aqui certamente já ouviram falar em hiperventilar em águas abertas! Sair forte demais, ... leia mais
Seguimos falando sobre as principais adversidades da natação em águas abertas. Neste artigo, falaremos sobre um fator extremamente importante durante a prova: a temperatura da água. Ela influencia diretamente a temperatura corporal do atleta podendo gerar desconfortos musculares, câimbras, quadros de hipotermia ou hipertermia, desidratação, entre outros males que podem levar o atleta a abandonar a prova.
Vamos começar falando sobre nadar em águas frias. Cada prova possui sua orientação no que diz respeito a liberação ou não do uso do neoprene. Independente da disponibilidade do traje, deixo aqui recomendações importantes para esse tipo de condição. Primeiro, tenha uma preocupação extra com a proteção das extremidades, como mãos e pés. O desconforto pode interferir diretamente no seu rendimento.
Sugiro sempre fazer um nado mais progressivo, aumentando a intensidade aos poucos, pois você terá que manter seu corpo produzindo calor o tempo todo. Mesmo que você seja mais lento no começo da prova, lembre-se que a circulação sanguínea e a intensidade vai melhorando conforme o tempo vai passando, já que o corpo vai se aquecendo.
Na água fria, o corpo precisa gerar calor para manter a temperatura ideal (36,5 graus) e a estratégia utilizada pelo atleta em sua prova fará muita diferença. Normalmente quando entramos em água fria, a primeira coisa que fazemos é sair nadando como “loucos” para esquentar o mais rápido possível, mas isto pode ser um erro grave. Em provas longas, se você gera todo calor no início da prova, pode correr o risco de não conseguir aumentar o ritmo após o cansaço e isto poderá custar muito caro no decorrer e final de prova. Por isso, calcule muito bem o tempo de prova e quantidade de energia gasta nos momentos mais delicados.
Muito cuidado com sensações como calafrios, dores articulares, dores no rosto (inclusive dentes) e tontura. Em casos de hipotermia, o nadador pode apresentar sintomas como descoordenação motora, olhar “vazio”, palavras fora de contexto, entre outros. Portanto, antes que ocorra algo mais grave, PARE e PEÇA AJUDA. Nenhuma medalha ou pódio vale o risco de ter sua segurança e integridade física comprometidas.
Agora falaremos sobre nadar em águas quentes. Provas no Nordeste muitas vezes são procuradas porque a temperatura mais elevada gera mais conforto para os nadadores. Mas, não se engane. Neste caso, a desidratação do atleta pode ocorrer rapidamente, afetando totalmente sua estratégia e condições físicas de nado. Lembre-se de manter uma boa hidratação, bebendo bastante água filtrada (não aquela que está no mar ou rio) e repondo líquidos e sais minerais perdidos.
Fique atento aos sintomas de hipertermia (elevação da temperatura corporal acima de 41 graus), como náuseas, dores de cabeça e aumento da frequência cardíaca. PARE IMEDIATAMENTE caso tenha esse tipo de mal-estar, pois esse quadro pode levar inclusive a perda da consciência e/ou patologias mais sérias.
Em provas com águas mais quentes, comece num ritmo mais confortável e procure manter a constância, poupando energia. Se você começa forte logo no início corre o risco de “fundir o motor”.
Bom, acho que encerramos por aqui. Em breve voltamos com mais conteúdos.