
Leme ao Pontal 2023, 2ª etapa da Copa Brasil de Va’a, abre inscrições
Confirmada a realização da segunda etapa da Copa Brasil de Va’a, exclusiva para canoas V6, Leme ao Pontal 2023
Se você tá chegando agora no mundo da canoa polinésia, parabéns! Você não entrou só num esporte, entrou numa tribo com séculos de história, cultura e um jeito único de viver em comunidade, aquela tal de Ohana, que significa família. E não é só papo bonito não, é sentir que o clube é sua segunda casa, que cada treino é um passo pra crescer como pessoa, e que aqui ninguém fica pra trás — nem o novato, nem o mala, nem quem acordou de mal humor.
Por isso, o espírito de equipe não é só remar e curtir a vibe. Tem regra, tem respeito. Chegar no horário não é frescura, é obrigação. E ajudar a montar e desmontar a canoa não é “extra” nem opcional, mas parte do ritual, do respeito com a galera e com a canoa.
E falando em ajudar, ficar no celular tirando foto do nascer do sol enquanto a galera tá na correria pra montar a canoa, amarrar o iako e checar o equipamento? Vacilo total! Aqui, todo mundo tem que colocar a mão na massa pra garantir que tá tudo 100% seguro pra encarar o mar.
Na hora de montar as equipes, parece que a vaidade impera. Mal aprendeu a remar e já quer banco cativo do lado dos mais fortes, ou chega com papo de “quero remar com fulano”. Isso é ego inflado tentando aparecer, e sinal claro de falta de espírito de equipe. Aqui não tem espaço pra estrela solitária, o lance é remar junto, sem frescura e sem mimimi.
Treino é treino: vai ter iniciante vacilando, vento puxando a canoa pra trás, mar bravo pra testar nossos limites. Mas reclamar só puxa a energia pra baixo. Treino é pra botar muita fé, força e ajudar o parceiro a se superar. Afinal, ninguém acorda às 4h30 da manhã pra remar mal (frase do meu instrutor Vitor Souza que repito diariamente).
E quando o treino acabar, sumir pra não desmontar a canoa? Nem pensar. Se todo mundo ajudar, rapidinho o equipamento de 150 kg tá guardado e limpinho. Agora, se uns saem correndo, o peso fica todo pra poucos — e ninguém quer esse fardo sozinho, muito menos isso é espírito de equipe.
Porque dentro do clube você não é uma estrela solitária. Você não entra num clube de canoa polinésia pra remar sozinho ou só pra fazer figuração. Tem que remar junto, ajudar o parceiro, dar força quando alguém vacilar e vestir a camisa do clube como uma armadura. Porque o que importa é o espírito de equipe — e o clima saudável e equilibrado é feito por cada um de nós.
E pra fechar: se você escolheu seu clube, saiba que você faz parte de algo maior: um grupo que te acolhe, respira junto, se apoia nas horas boas e ruins. A canoa só desliza se todo mundo remar no mesmo ritmo, com coração, compromisso, responsabilidade e aquele espírito verdadeiro de equipe.
Resumo da ópera: chegue no horário, deixe a reclamação de lado, levante a mão pra ajudar, entre de cabeça no espírito de equipe e, principalmente, tenha orgulho do clube que escolheu pra chamar de lar.
Porque na Va’a, a gente não só rema… a gente vive junto.