Entrevista: Raysa Ribeiro fala sobre suas travessias de canoa polinésia
Após completar sua travessia de OC1 pela ilha de Florianópolis, a remadora Rayssa Ribeiro troca uma ideia ... leia mais
Diretor técnico da Federação Taitiana de Va’a e vice-presidente da Federação Internacional de Va’a (IVF), Alfred Mata foi entrevistado pelo canal de Tv taitiano TNTV no último 28 de dezembro para falar sobre os rumos da canoagem polinésia esportiva no próximo ano.
Apesar do atual cenário ainda ser de muita incerteza, Mata se mostrou confiante e agradeceu a todos os remadores que se mantiveram firmes aos treinos, mesmo com o cancelamento do Mundial de Va’a.
Confira abaixo a transcrição traduzida da entrevista, que pode ser conferida na íntegra (em francês) ao final da matéria.
É muito importante. E também friso que todos esses remadores, sobretudo aqueles que perderam patrocinadores, que, infelizmente, são muitos, mas que continuam firmes em seus treinos, vocês merecem nossos parabéns, e também em nome da federação taitiana de Va’a.
Antes de fazer um balanço, quero saudar o nosso povo do Taiti, nossa Ma’ohi Nui, desejo a todos boas festas.
E em relação à situação da qual você está falando, é verdade que é muito difícil para todos, inclusive para o Va’a, é claro. Internacionalmente, houve cancelamentos em todas as áreas esportivas, em todos os países, até mesmo no Taiti, que, durante algum tempo conseguiu viabilizar algumas provas.
Infelizmente, depois disso, fomos forçados a seguir os protocolos de saúde e medidas de segurança para conter o avanço da pandemia.
Gostaria de agradecer à Federação Taitiana de Va’a, a todos os membros do Conselho Federal que me indicaram.
Tivemos que trabalhar com muitos países para concretizar isso. Já tive a chance de ingressar na federação em 2016, juntamente com Vetea Sanford, e agora fui reeleito.
Conversamos com várias federações em busca de apoio e queremos agradecer a todos os países que nos apoiaram.
Em especial, quero agradecer à Émile Vernaudon, que espero que esteja nos observando, Edouard Maamaatua que hoje não é mais deste mundo, e também à George Estall que ainda está conosco.
Também buscamos inspiração em Michael Tong, um havaiano que não é mais deste mundo, e Charles Willem que foi capaz de liderar esta federação internacional com muita competência, juntamente com Lara e todos os outros membros de nosso país.
Quero, também por meio da federação taitiana, trazer mais desenvolvimento para o va’a na arena internacional, e também nos Jogos Olímpicos. Sei que não é fácil.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que nós, através do Taiti, já vislumbramos um bom desenvolvimento, juntamente a nossos amigos estrangeiros.
O objetivo maior seria ter sucesso e firmar o Va’a nos Jogos Olímpicos. As disputas olímpicas de surfe serão realizadas no Taiti (Teahupoo).
Então vamos trabalhar com a COPF e com a federação de surfe para poder fazer algumas demonstrações.
E, se for possível, por que não, também em Paris, durante os Jogos Olímpicos de 2024. Nunca será fácil porque temos muito trabalho a fazer para chegar lá, mas o va’a realmente vive um bom momento em todo mundo.
Temos projetos, mas, infelizmente ainda não sabemos o que nos vai acontecer amanhã, em 2021. Por outro lado, sim, a federação taitiana já montou o calendário, que será validado por todos os membros da federação, e então veremos como podemos desenvolvê-lo no próximo ano.