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Quilhas no Paddleboard Parte 2: Downwind
Na segunda parte de seu artigo sobre quilhas para pranchas de prone paddleboard, Patrick Winkler, fala ... leia mais
Para cada modelo de stand up paddle, uma quilha diferente. Exagero? Nem um pouco. E a coisa não para por aí. Dentro desse universo, existem variações de formatos e materiais seguindo as mais avançadas tecnologias de hidrodinâmica oferecendo diferentes opções de desempenho.
Estruturalmente, uma quilha se divide em base (comprimento da quilha onde ela está em contato com a prancha), altura ou profundidade (distância em que a quilha penetra dentro da água) e inclinação (ângulo medido entre a linha vertical que parte do centro da base, até o ponto mais alto da quilha).
Quando maior a base mais drive e arcos mais longos. A prancha fica mais estável porem menos solta. Quanto menor for a base a prancha ficará mais solta.
É a profundidade que a quilha fica dentro da água. Quanto mais profunda for a quilha mais fácil será controlar a direção da prancha, porém, o arrasto também será maior.
É o ângulo medido entre uma linha central do centro da base da quilha e o ponto mais alto. Quanto maior for o ângulo, mais fácil será manter a direção do SUP. E quanto menor for a inclinação, menos força será necessária para se inverter a direção da prancha.
A combinação desses fatores atenderá a um determinado propósito.
Quilhas são fundamentais para o controle e projeção, no entanto, também criam atrito com a água. Nesse sentido, quanto menos quilha, menos atrito. Mas, inversamente, quanto menos quilha, menos controle.
É importante, portanto, equalizar o tamanho, formato e o número de quilhas com a modalidade de SUP que se pretende praticar.
As configurações mais comuns nos SUP’s são as monoquilhas (uma), triquilhas (três) e quatriquilhas (quarto).
As monoquilhas oferecem menos resistência à água do que as combinações múltiplas e por isso permitem que a prancha ganhe mais projeção e deslize com mais velocidade. Porém, não são a combinação ideal se a prioridade for uma resposta rápida em relação ao controle da prancha.
Por esse motivo, quem prefere surfar acaba optando por combinações múltiplas, que respondem rápido aos comandos do surfista, facilitando a execução de manobras, ao passo que o aumento de resistência provocado por um número maior de quilhas é suavizado pela energia de deslocamento gerada pela onda, ao contrário das remadas, onde a força dos remos é a principal fonte de energia propulsora empregada.
Assim, pranchas de race e travessia, em sua esmagadora maioria, permitem a colocação de uma única quilha, enquanto as pranchas recreativas e para o surfe oferecem diferentes configurações de encaixe.
As configurações e os tipos vão se adequando à modalidade de SUP. Numa travessia, por exemplo, em que manter a prancha seguindo por quilômetros na mesma direção faz parte do negócio, uma nonoquilha grande, com uma base larga e muita inclinação certamente ajudará, e muito, o remador a manter o rumo desejado.
Da mesma forma, competidores de race precisam de uma quilha leve e grande, mas não tão grande quanto uma usada para uma travessia, afinal, na provas de race existem contornos de boias e por isso, o remador precisa combinar direção, velocidade e agilidade.
O surfe e a remada de performance exigem o uso de quilhas certas, feitas com os melhores materiais e designs existentes. Atletas profissionas usam quilhas diferentes de acordo com o treino ou competição em que irão atuar.
No entanto, a grande maioria dos praticantes de SUP o faz de maneira recreativa e, nesse caso, é um grande barato experimentar modelos e configurações diferentes sem grandes pretensões, a não ser a de se divertir muito!