32 km de ‘puro glide’ no encerramento da Molokabra 2020
No encerramento da Molokabra 2020, os competidores remaram ao longo de exatos 32 km, mais uma vez, em ... leia mais
Após seis dias de intensas disputas, chegou ao fim neste sábado (08) a edição de 2018 dos Jogos Pan-Americanos de Surfe e SUP, realizados no pico de Punta Rocas, Lima, Peru.
O evento, que contou com três modalidades (SUP, Longboard e Surfe Shortboard), divididas nas categorias Masculino e Feminino, contou com a participação de 20 nações e serviu como classificatória para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, ocasião em que, pela primeira vez na história, o SUP e o Surfe participarão de um evento ligado ao COI (Comitê Olímpico Internacional).
Ao longo do dia foram sendo decididos os medalhistas em todas as categorias participantes do evento, e as disputas começaram bem cedo, às 7h15, com as finais do SUP Race Técnico.
A primeira categoria a entrar na água foi a Masculino, com a presença de dois brasileiros na água: Vinnicius Martins e Luiz Guida “Animal”.
As ondas quebravam em torno de quatro pés, com pouco vento, boa formação e intervalos mais longos, tornando assim um pouco mais fácil a vida dos finalistas.
Guida fez uma ótima largada e na primeira volta assumiu a liderança da prova ao lado do peruano Itzel Delgado. Vinnicius veio um pouco mais atrás em um pelotão encabeçado por Zane Schweitzer (EUA) e Giorgio Gomez (COL).
Aos poucos, porém, Vinni foi subindo de produção até encostar em Guida e Delgado, que segurou bem sua posição mantendo um ritmo bem forte de remada.
Aos poucos, a liderança foi sendo definida entre Vinnicius e Itzel, que conseguiram aproveitar melhor as ondulações para se distanciar de Guida e dos demais competidores.
O brasileiro e o peruano disputaram a liderança lado a alado, até que na corrida na areia Itzel conseguiu ultrapassar Vinni e conquistar a medalha de ouro para o delírio da torcida local.
Vinncius ficou com a Prata e uma vaga para representar o Brasil na categoria nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019.
Luiz Guida “Animal” foi o quinto colocado, chegando junto com Schweitzer, quarto lugar, e Giorgio, terceiro colocado.
FEMININO
Na disputa feminina, também com a presença de duas brasileiras, Lena Guimarães Ribeiro, acabou largando muito mal e teve uma árdua tarefa de recuperação pela frente.
Jessika Moah fez uma largada melhor, mas na altura da primeira boia de contorno, acabou se embolando com o pelotão de remadoras e perdendo posições preciosas. Ambas as brasileiras tiveram que correr atrás do prejuízo e, ao final, Lena acabou cruzando a linha de chegada na quarta colocação, enquanto Moah terminou em sexto lugar.
Já a liderança foi disputada entre April Zilg (EUA) Lina Augatis (CAN) e a porto-riquenha Nimsay Garcia.
April mais uma vez mostrou boa leitura de mar para aproveitar o timing certo das séries e usar as ondas a seu favor, abrindo assim boa vantagem sobre as demais competidoras.
Já a briga pela segunda colocação foi bem disputada entre Lina Augatis e Nimsay Garcia, que acabou levando vantagem na linha de chegada, ficando com a segunda colocação.
Lena e Moah acabaram ficando, respectivamente, na quarta e quinta colocação.
Este resultado garantiu a Lena a vaga para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 ao lado de Vinni no SUP Race Técnico.
OURO PARA CHLÓE
Terminadas as disputas de Race, a organização colocou na águas as eliminatórias de Surfe Shortboard. Dessa vez, infelizmente, os atletas do Brasil não conseguiram avançar às finais da categoria. Robson Santos foi o melhor brasileiro na prova, ficando na terceira colocação na semifinal, que lhe garantiu a 5ª colocação na prova.
O título do Surfe Shortboard ficou com o venezuelano Francisco Bellorin, que comemorou muito a inédita conquista para seu país (veja todos os medalhistas no final desta matéria).
No feminino, nossa melhor representante na disputa foi Tainá Hinckel, ficando na 13ª colocação. Brisa Henessys, da Costa Rica, foi a grande campeã da prova.
Mas se no Shortboard não conseguimos emplacar medalhas, no Longboard a história foi diferente.
Phil Rajzman, Wenderson De Almeida, Atalanta Batista e Chloé Calmon deram show, e por muito pouco não emplacamos nossos quatro representantes nas finais, caso Phil não parasse na semifinal que foi bem polêmica, uma que vez que muitos deram como certa a vitória do brasileiro que, no entanto, na avaliação dos juízes, ficou com a terceira colocação na bateria (avançavam os dois primeiros à final) e a quinta colocação geral no evento.
Wenderson De Almeida, porém, avançou à finalíssima e ficou com a quarta colocação.
Já no feminino, Chloé Calmon e Atalanta Batista dominaram a final e fizeram uma dobradinha verde e amarela no pódio. Chloé ficou com o ouro e Atalanta com a prata e a torcida brasileira comemorou muito o resultado.
SUP WAVE
Nas finais de SUP Wave o time brasileiro também vinha muito forte. Aline Adisaka, Nicole Pacelli, Caio Vaz e Luiz Diniz vinham colecionando scores altíssimos ao longo de todo o evento e a expectativa de que o quatros conquistassem uma vaga na final era bem alta.
E quase conseguimos. Aline Adisaka, que foi medalha de bronze em 2017, infelizmente não conseguiu encontrar boas ondas durante a semifinal e encerrou sua participação em terceiro na bateria e em 5º lugar no ranking final do evento.
Nicole Pacelli conseguiu avançar à final do feminino que foi disputada entre a brasileira, as peruanas Brissa malaga, Vania Torres, e a floridiana Izzy Gomez, que, assim como seu irmão, Giorgio, optou por participar do Pan-Americano representando a Colômbia, país do qual sua família é originária.
A final do feminino foi bem disputada e a brasileira começou bem, fazendo dois bons scores. Enquanto isso, a campeã pan-americana de 2017, Vania Torres (PER) foi subindo de produção e encostou em Nicole na liderança.
Mas ao final, porém, foi Izzi quem levou a melhor, virando a bateria com um 6.83 que lhe garantiu a medalha de ouro (primeira da Colômbia na história dos Jogos). Vania Torres ficou com a Prata e Nicole com o Bronze, resultado que garantiu à brasileira uma vaga para representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019.
No Masculino, Caio Vaz e Luiz Diniz garantiram um lugar na finalíssima. E, se no Feminino a briga foi dura, aqui a situação foi a mesma.
Os brasileiros enfrentaram Giorgio Gomez (COL) e Finn Spencer (CAN) em uma final caracterizada por scores altos.
Até a primeira metade da bateria era muito difícil apontar um favorito, mas, aos poucos, Giorgio e Diniz foram surfando boas ondas e se destacando.
Nos minutos finais, a disputa ficou bem polarizada entre os dois, mas Giorgio conseguiu assegurar a primeira colocação com um 6.63, enquanto Diniz, na avaliação dos juízes, não conseguiu acumular scores suficientes para virar o jogo. Resultado que também contrariou a opinião da torcida brazuca.
Pouco antes do fim da bateria, Caio Vaz ainda conseguiu surfar uma ótima onda, fazendo um 7 redondo, mas o título, porém, acabou ficando mesmo com Gomez. Luiz Diniz ficou com a prata e Caio Vaz com o Bronze.
Ao fim das disputas, o Peru sagrou-se como a nação campeã dos Jogos Pan-Americanos de Surfe e SUP 2018. O Brasil ficou com o vice-campeonato e a Argentina fechou o pódio na terceira colocação.
MEDALHISTAS JOGOS PAN-AMERICANOS DE SURFE E SUP 2018
SUP WAVE MASCULINO
1 Giorgio Gomez COL
2 Luis Diniz BRA
3 Caio Vaz BRA
4 Finn Spencer CAN
SUP WAVE FEMININO
1 Izzi Gomez COL
2 Vania Torres PER
3 Nicole Pacelli BRA
4 Brissa Malaga PER
(Aline Adisaka 5º)
LONGBOARD MASCULINO
1 Benoit Clemente PER
2 Surfiel Gil ARG
3 Lucas Garrido Lecca PER
4 Wenderson De Almeida BRA
LONGBOARD FEMININO
1 Chloé Calmon BRA
2 Atalanta Batista BRA
3 Brisa Henessys CRC
4 Maria Fernanda Reyes PER
SURFE SHORTBOARD MASCULINO
1 Francisco Bellorin VEN
2 Anthony Fillingim CRC
3 Alonso Correa PER
4 Jhonathan Corzo MEX
SURFE SHORTBOARD FEMININO
1 Brisa Henessys CRC
2 Dominic Barona ECU
3 Daniella Rosas PER
4 Chelsea Tuach BAR
PÓDIO DAS NAÇÕES
Ouro – Peru
Prata – Brasil
Bronze – Argentina
Veja os resultados completos AQUI.
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