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Treinadores experientes desenvolvem uma espécie de “sexto sentido” que os permite perceber quando um de seus atletas está “flertando” com uma lesão.
Para o treinador, ter essa percepção é importante, pois, muitas vezes, seus atletas não falam abertamente sobre dores com medo de que terão que interromper seus treinos.
“A arte de treinar é ser capaz de ler nas entrelinhas do que a pessoa está dizendo”, diz Jeff Gaudette, um dos mais conceituados treinadores de atletas dos EUA.
Em seu currículo, Gaudett já treinou mais de 107.000 pessoas para encarar a maratona de Boston (42km) com a filosofia de “lesão zero”.
Abaixo, ele e outros dois experientes técnicos compartilham os sinais de que um atleta está indo em direção ao perigo.
Os exemplos servem para qualquer esporte. Se você começar a observá-los, desacelere seu treinamento ou acrescente um dia extra de descanso em sua planilha.
Dessa forma, você pode evitar uma pausa forçada mais longa para se recuperar da lesão no futuro.
Nem toda sessão de treinamento vai ser perfeita. Um dia ruim é ok, mas uma série de três ou quatro dias assim levanta uma bandeira vermelha, explica Jeff Gaudette.
“Você pode ainda não estar sentindo nenhuma dor específica, mas uma lesão surgindo debaixo da superfície pode ser a causa da piora na sua performance”, diz o treinador.
Uma outra explicação possível: você está muito cansado, ou de treinar forte demais ou dos outros estresses da vida.
Você pode ainda não ter se lesionado, mas seu corpo sofre quando você continua forçando nos treinos.
“Quando você está mais fatigado, estressa seus músculos e articulações de formas que não são normais”, afirma Nikki Reiter, biomecânica e treinadora da The Run S.M.A.R.T. Project. Consequências possíveis são lesões agudas.
McGinn se preocupa quando vê e-mails de atletas na sua caixa de entrada que foram enviados às 2h da madrugada, quando eles deveriam estar dormindo.
“É um grande erro pensar que podemos treinar forte e não dormir, pois durante o sono, nossos corpos se curam”, ela diz.
De fato, um estudo encontrou que jovens atletas tinham 1,5 vezes mais propensão a se machucarem quando regularmente perdiam horas de sono. E pouco sono – ou má qualidade – também podem trazer doenças como gripes e resfriados, o que também prejudica os treinos.
Reiter, como a maioria dos treinadores, aconselha a ir devagar em seus dias de treino mais leve. Mas se ela percebe que uma atleta está desacelerando em treinos leves ou pesados – ou ainda ambos -, ela começa a se preocupar.
Muitos problemas podem causar isso – uma doença chegando, recuperação insuficiente entre exercícios de alto esforço, um mês mais difícil que o normal no trabalho ou na vida pessoal.
Independente disso, se você continuar treinando no mesmo nível quando algo não está certo, vai aumentar o risco de dores e lesões, diz Reiter.
É normal se sentir um pouco apreensivo em relação a treinos-chave, especialmente aqueles que colocam você fora da sua zona de conforto.
Mas uma ansiedade muito grande para treinamentos leves aumenta seu nível de esforço percebido, o que significa que você vai sentir que está trabalhando mais do que deveria, explica Reiter.
“Há mais estresse no seu corpo, então você está aumentando a chance de lesões, porque está cobrando mais do seu corpo”.
Reiter aconselha atletas nessa situação a reavaliar seus objetivos e ajustar seus treinamentos se preciso.
Por exemplo, talvez você esteja mais motivado no momento a treinar para aliviar o estresse do que para bater seu recorde pessoal – e isso não tem problema nenhum.
Ao focar no geral, você eliminará um pouco da sua ansiedade e isso ajudará você a pensar em cada treino com mais empolgação em vez de medo.
Muitos atletas passam muitas horas sentados. Reiter se preocupa com aqueles que falham em dar uma transição da inatividade para o estresse e o impacto de um treino.
Então, ela receita a seus atletas uma forma de preparação para o movimento. Exercícios de mobilidade pré-treino fortalecem e ativam músculos-chave.
“Isso não apenas permite que seu corpo aqueça, mas também garante que os músculos estão trabalhando de forma correta durante o exercício”, ela afirma. Certifique-se de estabelecer uma rotina que dê a você algum tempo entre suas horas sentado e o treino.
Atletas subnutridos – ou que estão com falta de alguns tipos de nutrientes que seus corpos precisam para responderem ao treinamento – têm uma maior chance de lesão, relata McGinn.
Ela se preocupa com qualquer atleta que fica focado demais em parecer magro ou que declara que tirou do cardápio grupos alimentares inteiros sem prévia consulta a um especialista.
Eles se beneficiariam se fizesse um consulta com uma nutricionista, pois dessa forma poderiam consumir os alimentos ideias para ficarem livres de lesões enquanto treinam forte, esclarece McGinn.