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A Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) divulga imagens aéreas da localização da futura construção do Museu Marítimo do Brasil, com projeto arquitetônico definido a partir do concurso público nacional, que elegeu Rodrigo Quintella Messina e sua equipe como vencedores.
O Museu Marítimo do Brasil se integrará ao circuito cultural da orla portuária do Rio de Janeiro e fará parte do patrimônio histórico, natural e urbano do Centro da Cidade, onde estão a Ilha Fiscal, a Igreja da Candelária, a Casa França-Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Paço Imperial, o Museu Naval, o Museu Histórico Nacional, o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã, entre outras instituições culturais.
Com local e projeto arquitetônico definidos, o Vice-Almirante José Carlos Mathias, Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), dá detalhes sobre a proposta temática do museu:
“Nosso objeto fundamental será a história marítima do Brasil, seu passado, presente e perspectivas futuras, sua pluralidade e seu vasto espectro de abrangências. O novo museu será destinado à amplitude marítima a nível nacional, com instâncias culturais, simbólicas, religiosas, míticas, econômicas e ambientais de mares e rios brasileiros. O nosso maior objetivo é criar uma consciência marítima na população.“
No vídeo abaixo, é possível conferir imagens que levam ao local onde será erguida a instituição, no Espaço Cultural da Marinha, que será revitalizado:
Segundo o curador Evandro Salles, o Museu Marítimo do Brasil vai trazer também uma abordagem que complementa as questões puramente técnicas e científicas:
“Vamos tratar de questões humanas, de um ponto de vista maior que abarca toda a história da cultura. E o mar é central nesse viés. Para além disso, o objetivo é proporcionar uma experiência. Dar espaço para cada pessoa viver aquilo a partir da sua perspectiva, aproveitando essa oportunidade de convergência de temas.”
A escolha da Cidade Maravilhosa é também significativa na conceituação temática da instituição:
“Estar localizado no mais famoso entre os portos brasileiros dará ao museu os instrumentos para revelar o papel da cidade na formação da nacionalidade brasileira historicamente constituída. A definição do local se deu também diante da necessidade de oferecer ao público uma instituição integrada com o Espaço Cultural da Marinha e condizente com a reurbanização da região portuária”, explica Salles.
Recentemente, o Museu Marítimo do Brasil começou a ganhar um formato no imaginário público a partir de imagens que podem ser encontradas neste link e que são parte do projeto vencedor do concurso arquitetônico do Museu, realizado pelo Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro (DCAMN), em parceria com a Marinha do Brasil e a regional fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RJ).
Com sede no Rio de Janeiro, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) é responsável por promover estudos e pesquisas, consolidar e publicar documentação sobre assuntos relativos à cultura marítima, além de propor normas relativas às atividades histórico-culturais da Marinha do Brasil, entre outros atributos.
Estão sob sua administração o Museu Naval, o Arquivo da Marinha, a Biblioteca da Marinha, a Editora SDM, e o Espaço Cultural da Marinha, onde o público pode visitar o Navio-Museu Bauru, o Submarino-Museu Riachuelo, a Nau dos Descobrimentos, o Helicóptero-Museu Sea King, o Avião Caça AF-1 Skyhawk e o Carro de Combate Cascavel.
Além disso, o Espaço é o porto de partida para que o público possa embarcar no histórico Rebocador-Museu Laurindo Pitta, que participou da Primeira Guerra Mundial, para fazer um Passeio Marítimo pela Baía de Guanabara, e, ainda, para zarpar rumo à Ilha Fiscal, palco do último baile do Império, para uma visita mediada.
Construído em 1995, no píer da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro – que adquirira aquela área das antigas Docas da Alfândega – e inaugurado em 20 de janeiro de 1996, o Espaço Cultural da Marinha está localizado no coração do Boulevard Olímpico, no Centro do Rio de Janeiro.
Devido à demolição do Elevado da Perimetral, fechou ao público em fevereiro de 2014, voltando a operar mais de dois anos depois, em 2016, por ocasião das Olimpíadas, com os passeios à Ilha Fiscal e pela Baía de Guanabara, e as visitas aos navios-museus, recebendo 97 mil visitantes no período. Desde então, ano a ano, o Espaço Cultural da Marinha tem atraído cada vez mais público. Em 2019, antes da pandemia, recebeu mais de 200 mil visitantes.