Litoral do Sri Lanka pode sofrer o maior desastre ambiental de sua história

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Equipe da marinha do Sri Lanka remove lixo que chegou a uma praia do país, em 28 de maio de 2021. Foto: Dinuka Liyanawatte/ Reuters

No dia 20 de maio navio de carga, MS X-Press Pearl, que transportava produtos químicos de Gujarat, na Índia, para Colombo, se incendiou a nove milhas náuticas da costa do Sri Lanka. Desde então, o país está em risco de sofrer o maior desastre ambiental de sua história.

As autoridades proibiram a pesca em uma área de 80 km de comprimento ao redor do “MV X-Press Pearl”, navio com bandeira de Singapura, que está em chamas há nove dias e ameaça se romper, o que provocaria uma grande catástrofe para o meio ambiente com a possibilidade de despejos de toneladas de combustível no Oceano Índico.

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Há uma operação internacional em curso para impedir o desastre, mas as praias mais próximas já enfrentam outra tragédia: foram tomadas por milhões de grânulos plásticos procedentes da carga do navio.

De acordo com as autoridades, o navio transportava, entre outras coisas, 28 contêineres de grânulos de poliestireno, destinados sobretudo a proteger as cargas, e oito deles caíram no mar.

Limpar as praias de toneladas destas bolinhas, misturadas com petróleo queimado e resíduos da embarcação, será uma tarefa gigantesca.

É provavelmente a maior contaminação das praias da história“, afirmou Dharshani Lahandapura, presidente da Autoridade de Proteção do Meio Ambiente Marinho (MEPA).

O incêndio fragilizou a estrutura do porta-contêineres de 186 metros de comprimento, segundo a MEPA. Além do combustível de seus tanques, o navio transportava 278 toneladas de combustível 50 toneladas de diesel.

Ainda há fumaça e em alguns momentos chamas, mas o navio se encontra estável“, afirmou à AFP o porta-voz da Marinha cingalesa, o capitão Indika de Silva.

Além da contaminação das praias turísticas, também estão ameaçadas zonas marinhas da região, conhecidas por seus caranguejos e camarões gigantes. Os cientistas também estão avaliando o impacto nos lagos, manguezais e na vida marinha da região.

Fonte: France Presse

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