Ana Marcela Cunha é ouro em mundial de maratona aquática
Brasileira Ana Marcela Cunha vence primeira etapa do circuito mundial de maratona aquática, disputado no ... leia mais
Olá, pessoal!
Vamos finalizar neste artigo os tipos de séries que mais costumamos ver nas planilhas de treinos. Se você não viu os dois primeiros textos, recomendo a recordação AQUI.
Como as próprias palavras dizem, este treinamento é utilizado para que o nadador execute um trabalho muito próximo às condições reais de competição. Aqui é importante compreender a diferença deste para o treino de ritmo.
Em todas as modalidades, os atletas (amadores e profissionais) precisam experimentar a intensidade que vão executar no dia da prova. Mas, nesse tipo de treinamento a principal característica é um maior número de séries, geralmente com distâncias também mais extensas, dentro da mesma sessão, com o objetivo de melhorar o condicionamento físico de forma geral, para que o nadador consiga nadar no tempo previsto.
A proposta é não apenas o ganho físico, mas também de confiança para que o nadador atinja a performance desejada. Uma dica que costumo dar para os alunos é: faça uma visualização da sua prova bem antes dela. Mentaliza, imagina o que você fará na largada, pensa no percurso, vou precisar fazer mais força aqui ou ali, então vou segurar um ritmo X para que no final eu consiga aumentar esse ritmo. Traz isso para o seu dia a dia para que você tenha mais eficiência e consiga “padronizar” seu ritmo.
E fique muito atento na dosagem. Um ritmo muito forte no início da prova pode levar o nadador a uma exaustão, comprometendo o decorrer da competição. Assim como, uma força maior ativada apenas no final, pode fazer com que o início seja lento ou deficiente, impactando diretamente em um resultado aquém das expectativas.
É claro que o nado crawl é o mais adotado pelos nadadores, seja nos treinos e nas competições. O próprio estilo acaba se confundindo com o “nado livre”, já que a grande maioria opta pelo crawl, que oferece mais velocidade, mesmo quando é aberta a possibilidade de escolher outro tipo de nado. Mas, sou daqueles que acredita que é sempre bom variar os estímulos, portanto, trabalhar com os estilos peito, borboleta e costas não só é fundamental para qualquer nadador, como pode beneficiar o atleta de diversas formas.
O nado costas, por ser o único nado no qual o rosto fica fora da água o tempo todo, auxilia no equilíbrio da musculatura usada no crawl (tríceps, bíceps, peitoral maior e menor, deltoide anterior, trapézio, grande dorsal e redondo maior), proporcionando uma sensação de relaxamento. Por isso, pode ser utilizado para os momentos de soltura e final de treino.
Já o nado peito, trabalha os músculos adutores e abdutores das pernas, contribuindo para o seu fortalecimento. Além disso, o movimento da respiração deste nado pode ajudar o nadador no treinamento da navegação.
Dos quatro estilos, o borboleta com certeza é o menos atrativo para os atletas. Trata-se de um nado complexo, que envolve força e exige maior coordenação. Por isso mesmo, pode ajudar a melhorar a capacidade física do nadador. Ele ainda promove um excelente trabalho de core que, além de servir de base para todos os movimentos, são os músculos responsáveis pela manutenção da posição de nado, essencial para um nado mais equilibrado e veloz.
No geral, os estilos são aplicados como educativos, aquecimento ou como regenerativo. Na série principal, o uso do crawl é mais recomendado.
Bom, amigos, espero que tenha ajudado vocês a entenderem melhor algumas prescrições de treino e que isso ajude a aprimorar ainda mais os seus resultados.
Abraços!