Tipos de série na natação – Parte 2  

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série na natação
Samir Barel dá continuidade aos esclarecimentos mais comuns sobre as prescrições encontradas nas planilhas de treino. Foto: Jonathan Borba/ Pexels

Olá pessoal! Vamos dar continuidade aos esclarecimentos mais comuns sobre as prescrições encontradas nas planilhas de treino. Neste artigo, vamos falar sobre treinos de velocidade, afinal, o objetivo de muitos é superar suas próprias marcas e atingir resultados expressivos nas mais diversas competições de maratona aquática disponíveis.

Veja também > Tipos de série na natação – Parte 1

Esse tipo de série também é conhecido como AA (anaeróbio alático), que tem como objetivo aumentar a velocidade do nado, produzindo mais energia. Essas séries geralmente contam com estímulos de intensidade máxima, ou seja, onde o seu nível de esforço será alto; intervalos grandes, garantindo a recuperação adequada do atleta; e metragens mais curtas.

As séries de velocidade impactam diretamente na potência do sistema ATP/CP, aumentando sua capacidade de trabalho e, consequentemente, levando energia rápida para a musculatura. Isso traz um refinamento da técnica, permitindo que o nadador amplie sua competitividade, independente da metragem a ser nadada nas provas.

O trabalho de velocidade pode ser feito de três formas: velocidade crescente, velocidade decrescente e velocidade média. No primeiro caso, utilizamos exercícios de características aeróbicas e anaeróbicas, favorecendo o acúmulo de ácido lático, embora não tão grande já que o repouso neste caso é relativamente pequeno. Para quem não sabe, o ácido lático é um subproduto da glicólise, um dos processos metabólicos que o corpo usa para produzir energia durante o exercício intenso. O ácido lático ajuda a prevenir a fadiga muscular, permitindo que você se exercite por mais tempo.

No caso da velocidade decrescente, a finalidade é um trabalho aeróbico com início anaeróbico, permitindo ao atleta um repouso ativo e um curto inativo. Já no caso da série de velocidade média, o nadador faz um trabalho intermitente, intervalado buscando resistência e um ritmo cada vez melhor. Com o tempo, isso leva o nadador a repetições cada vez mais velozes.

Uma forma comum de trabalhar velocidade são famosas séries de tiro. Sei que muitos não gostam, mas elas são fundamentais no ganho de performance. Esse tipo de treino impacta diretamente no limiar anaeróbio (patamar que determina a capacidade cardíaca individual para realizar trabalhos físicos). Um ritmo mais intenso e a frequência cardíaca mais alta colaboram para o bom funcionamento do sistema cardiorrespiratório, vascular e do metabolismo. Com um condicionamento físico melhor, o corpo adquire condições físicas mais confortáveis para trabalhar dentro do limiar aeróbio, ou seja, você ganha força e potência muscular e, por consequência, velocidade.

Bom, espero mais uma vez ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas comuns aos treinamentos. Voltamos em breve com mais dicas para turbinar o seu desempenho.

Abraços e até!

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