Waterman Triatlo: a disputa dos atletas mais versáteis nas águas do Aloha Spirit Festival
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Olá pessoal! Chegou a hora de trazer mais informações sobre a pernada. O trabalho de perna é essencial na maratona aquática por dois motivos: primeiro, ela é responsável por dar mais estabilidade para o nadador. Com uma pernada forte e bem feita o corpo sobe e o atleta desliza mais na superfície. E claro, é a pernada que dá propulsão no nado. Fazendo uma analogia, a pernada é o motor do barco, ou seja, é o que faz com que o nadador ganhe mais velocidade.
Um dos erros mais comuns que observo durante os treinos é nadar com o joelho travado e a perna muito esticada. Quando você faz esse movimento a única força que você tem na pernada vem do quadril. Isso não apenas sobrecarrega a região como pode provocar dores na lombar. Agora, quando a perna está relaxada, o movimento é mais fluido e você soma três forças: do quadril, do joelho e do tornozelo. Ou seja, três alavancas ajudando a dar mais potência. Portanto, a pernada deve ser curta, solta e potente. O movimento começa no quadril e transfere a força para a ponta do pé.
Na maratona aquática, é comum trabalharmos com 3 tipos de pernada, cada uma para uma situação diferente. A perna 2 tempos é quando o atleta executa 1 pernada para cada braçada. Geralmente é utilizada quando o atleta quer poupar energia, por exemplo, quando está no pelotão ou confortável em sua posição.
Na perna 4 tempos, 2 pernadas para cada braçada, é a mais comum entre os atletas pois ao mesmo tempo que produz propulsão é facilmente coordenada, não gasta energia em excesso. Já a perna 6 tempos, quando o atleta executa 3 pernadas para cada braçada, é indicada para mulheres e atletas que possuem boa flutuabilidade de quadril. A flutuação proporcionada pelo movimento gasta menos energia, porém, gera maior propulsão. Também é bastante utilizada no começo das provas, onde o atleta sai com maior intensidade, ultrapassagens ou final de prova.
Quem deseja turbinar os treinos e melhorar a pernada, certamente pode apostar no uso do pé de pato. Ele ajuda a trabalhar resistência de força e trabalhos de propriocepção (consciência corporal). Mas vale ressaltar que o uso excessivo, assim como de qualquer equipamento, pode ser prejudicial. Alguns atletas usam para poupar energia e economizar tempo. Pode ser útil por um curto período, mas a médio e longo prazo, torna o atleta um pouco “preguiçoso”, comprometendo a performance.
Um exercício simples que pode trazer mais força para a pernada é a pranchinha. Ao invés de utilizar na horizontal, coloque o equipamento na vertical. A resistência criada pela prancha vai fazer com que você precise bater mais as pernas para se deslocar e manter o corpo alinhado.
E lembre-se! Além do desenvolvimento da perna em si, a coordenação da pernada, com a braçada e a respiração também é fundamental para melhorar seu desempenho, mas isso vamos falar mais detalhadamente em outro artigo.
Espero novamente ter sido útil. Voltamos em breve com mais dicas! Abraço!