Overtraining, Overreaching e Fadiga: Você sabe a relação entre eles?
Overtraining, Overreaching e Fadiga são termos relacionados a fadiga neuromuscular cuja compreensão é ... leia mais
Oi pessoal! Fim de ano batendo na porta, decidi levantar uma questão que pode inclusive ajudar no planejamento da próxima temporada. Como se motivar para treinar se você não gosta de competir?
Com a pandemia, durante o lockdown, ouvi de muitos alunos que, além do medo do vírus, havia um desânimo de ir ao treino por conta da falta de provas. Mas o tempo foi passando, as pessoas notaram que não era só a competição que fazia com que elas caíssem na água. Depois de tanto tempo parado, muitos perceberam a necessidade de manter a atividade física por diversos fatores.
Primeiro, ficou evidente que a prática esportiva contribui muito para a saúde mental das pessoas. O treino alivia o estresse, estimula o relaxamento, trás uma injeção de ânimo na rotina, pode ainda deixar as pessoas mais ativas e focadas em suas atividades, além de promover a interação social – que num momento de isolamento fazia e continua fazendo toda a diferença na vida de muita gente.
Existem pessoas que começam a nadar por recomendação médica, especialmente quem possui uma idade mais avançada, uma vez que o meio líquido oferece menos impacto, prevenindo lesões, além de trabalhar o condicionamento físico, movimentando todos os músculos e articulações. Aqueles que apresentam problemas crônicos também notam nitidamente como a rotina de treinos ajuda a amenizar os sintomas.
Nada disso é novidade, mas, se traçarmos um paralelo com a rotina de muitos atletas amadores, existe sempre um momento em que todo mundo se questiona: por que continuar nadando?
Um treino bem elaborado, não digo apenas a sessão de um dia, mas toda a periodização, que envolve várias semanas, faz com que a pessoa ganhe motivação. Eu particularmente procuro inserir pequenas metas e desafios dentro do planejamento dos meus alunos, pois elas ajudam bastante no desenvolvimento do nadador a médio e longo prazo. Sentir essa evolução pode fazer com que o próprio indivíduo queira e busque novos objetivos dentro das suas necessidades e limitações.
A falta de tempo é uma das principais desculpas para abandonar o esporte. Entretanto, vale destacar que hoje existem alternativas que atendem a todas as necessidades, inclusive treinos de curta duração para aqueles que têm o cotidiano mais corrido. Costumo dizer para meus alunos: fazer uma vez é sempre melhor do que não fazer nada. Claro que a baixa frequência torna a evolução mais demorada, mas ter uma hora para se dedicar totalmente a você, ao seu bem estar, é um cuidado que você merece se dar.
Outro ponto importante é que atividades físicas aumentam a produtividade no trabalho. Além de reduzir consideravelmente as lesões causadas por movimentos repetitivos, trabalha outras valências que não sejam físicas, como concentração, parte cognitiva, fazendo com que a pessoa produza mais, em menos tempo e com mais qualidade.
Agora, uma dica de ouro é: Treino não é obrigação, é para ser prazeroso! Nada é mais desanimador do que fazer algo para cumprir tabela. Você não está ganhando nada com isso! Se você chegou nesse ponto, sugiro avaliar se não é o caso de iniciar outra modalidade ou simplesmente dar uma pausa na natação. Talvez neste momento você esteja realmente precisando de um novo estímulo ou de um tempo para outras atividades e tudo bem. O afastamento não precisa ser definitivo. Permita-se experimentar coisas novas e quem sabe a saudade não faça você voltar a se motivar com a maratona aquática?
Então moçada, acho que é isso. Desejo um ótimo final de ano para todos, que vocês aproveitem as festas e que o próximo ano seja repleto de realizações! Um abraço e até breve!