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Número de séries, de repetições, carga, tempo de intervalo… Muitos não sabem, mas quando um treinador prepara uma planilha de treinos, ele leva em consideração 7 pilares comprovados cientificamente para estimular o desenvolvimento fisiológico (órgãos e sistemas), estrutural (músculos e ossos) e psicológico (neurotransmissores) de cada indivíduo. São eles:
Cada atleta tem características singulares e para entendê-las e melhorá-las é preciso considerar diversos aspectos como sexo, idade, capacidade física, necessidades, limitações, objetivos… Ou seja, existe um histórico de saúde muito particular, logo, é necessário respeitar essa individualidade, uma vez que os efeitos de um treinamento ou exercício não são iguais em todos os atletas.
Uma das características que permitiu ao ser humano viver e sobreviver em diferentes habitats é sua alta capacidade de adaptação. No caso da atividade física, a melhora do condicionamento físico está totalmente ligada à adaptação do corpo aos diversos estímulos que ele recebe durante a prática esportiva. Quanto melhor adaptação, mais fácil é a execução dos movimentos exigidos pela modalidade praticada.
A melhora do condicionamento físico só existe de fato quando temos regularidade na prática desportiva. Interrupções sucessivas do treinamento levam o corpo a retornar às condições anteriores. Já é comprovado cientificamente que o corpo possui uma memória muscular, então os efeitos do treinamento serão percebidos somente dias depois do treino, respeitando a adaptação do corpo àquele estímulo.
A forma mais fácil de notar a evolução de um treinamento, além da maior dificuldade dos exercícios, é por meio do aumento da carga. É importante destacar que esse processo deve ser bastante gradual, degrau por degrau, pois desta forma o atleta minimiza o impacto nas articulações, previne lesões e promove a recuperação muscular adequada para o organismo. Muitos erram justamente em querer levantar/suportar uma carga maior do que estão preparados, causando dores, correndo o risco de se lesionar, o que pode comprometer diretamente o planejamento.
Intensidade: O aumento de carga também está diretamente ligado ao aumento do volume e da intensidade dos treinos. Volume são as séries, repetições, exercícios, frequência semanal, distância percorrida e tempo de treino. A intensidade são o peso, inclinação, carga nos ergométricos, velocidade de deslocamento. É importante que o atleta saiba que intensidade e volume são inversamente proporcionais. Quando o volume do treinamento aumenta, a intensidade tende a cair e vice-versa. Assim, um bom treino nunca deve ser intenso e volumoso ao mesmo tempo, devemos sempre priorizar, de acordo com os objetivos e necessidades do atleta, um dos dois aspectos.
Quanto maior a variedade de estímulos produzida durante a prática esportiva, melhor será a resposta do corpo aos treinos. Por isso existe uma mudança de exercícios periódica nas planilhas de treino. A variabilidade não apenas evita a monotonia, como gera motivação para o atleta atingir sempre um novo patamar.
Uma boa preparação física não busca apenas performance. Cada gesto motor promove ganhos para os sistemas neuromuscular, energético e cardiorrespiratório, fazendo com que o indivíduo se sinta bem com ele mesmo. Além disso, a prática esportiva também regula as emoções e o psicológico do atleta, aumentando sua autoestima e deixando a mente mais equilibrada. Isso influencia em aspectos como longevidade e qualidade de vida, fazendo com que as pessoas vivam mais e melhor.
Esses pilares podem ser aplicados tanto para atletas amadores como profissionais. Podemos dizer que não existe um mais importante que o outro, mas se você deseja tornar os treinos mais eficientes e seguros, todos são importantes para sua preparação física.