Aloha Spirit 2018 em Brasília
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De 23 de novembro a 02 de dezembro, Riyue Bay, em Hainan Island, China, receberá o ISA World SUP and Paddleboard Championship, evento que é considerado a “Olimpíada do SUP e Paddleboard”, reunindo seleções nacionais em diversas disputas por medalhas.
O evento, que originalmente estava programado para acontecer no Brasil, teve sua sede alterada às pressas para a China após uma série de trapalhadas protagonizadas pela prefeitura de Búzios, fato esse que comprometeu o planejamento e a formação de muitas equipes, entre elas, a brasileira.
Enfrentar dificuldades para competir nos Mundias da ISA não é exatamente uma novidade para os atletas do Brasil. Ano após ano acompanhamos a “saga” dos convocados na luta para levantar fundos e conseguir competir.
Este ano não foi diferente e apesar de algumas desistências o Brasil conseguiu montar um time forte para competir na China.
Temos chances reais de conquistar a medalha de ouro no SUP Wave com Caio Vaz, Luiz Diniz e Nicole Pacelli, no SUP Sprint com Arthur Santacreu e na divisão Junior (que estreia nesse Mundial) com Guilherme Cunha, além do atual campeão brasileiro, Vinnicius Martins, que pode surpreender no Race Técnico. Sem jamais esquecer de Jessikah Moah, Aline Abad, Isttefany Morais competindo nas divisões de SUP Race e de nosso único representante do Prone Paddleboard, Patrick Winkler.
Outro ponto bastante positivo é que esse time será guiado pelo experiente Marcelo Esquilo, que após o bom trabalho realizado ano passado, na Dinamarca, novamente será o chefe de equipe da seleção brasileira.
Marcelo sabe que os desafios são grandes, mas aposta na união de nossos atletas:
“Independente do resultado que conquistarmos, o que já tem me emocionado muito é a força de vontade dos atletas para viabilizar uma viagem cara como essa e a solidariedade entre eles. Todo mundo está se ajudando em relação às dúvidas que tem surgido no processo de preparação, como os vistos, por exemplo”, relata Esquilo que também ressalta as potencialidades de nossa seleção:
“O pessoal aqui talvez não imagina, mas o time brasileiro é muito respeitado. Ano passado, na Dinamarca, todo mundo vinha falar com a Babi (Brazil) o Caio (Vaz), e as medalhas do Arthur Santacreu, e do Luiz Diniz também chamaram, muito a atenção“, revela.
Em relação aos desafios por ser o único representante da comissão técnica, Marcelo Esquilo irá adortar a seguinte estratégia: “Temos que ‘cair para dentro’! Nossa comissão é reduzida, mas temos um SUP de ouro e um time bastante unido. Me sinto honrado com a confiança e ciente da responsabilidade“, pondera nosso técnico.
A seleção brasileira ficou configurada da seguinte maneira:
SUP WAVE: Caio Vaz, Luís Diniz e Nicole Pacelli
SUP RACE DISTANCE: Vinnicius Martins, Tuca Santacreu, Aline Abad
SUP RACE TÉCNICO: Vinnicius Martins, Guilherme Cunha, Jessika Moah e Isteffani Moraes
SUP SPRINT: Tuca Santacreu e Jessika Moah
SUP JUNIOR: Guilherme Cunha
PADDLEBOARD: Patrick Winker e Jessika Moah
CHEFE DE EQUIPE: Marcelo Esquilo
FAVORITOS
A mudança da sede para a China desagradou muita gente, e várias seleções sofreram baixas, entre elas, a Austrália, que não poderá contar em seu time com nomes como Lincoln Dews, James Casey e Matt Nottage Withdrawing, que abriram mão de suas respectivas vagas alegando que já entraram em um período “pós temporada” de treinos, e Angie Jackson, que ainda se recupera de uma lesão.
Apesar das baixas, a Austrália ainda terá nomes de peso e que dispensam apresentação como Michael Booth, Terrene Black e Shakira Westdorp. Sem mencionar o time praticamente imbatível no Prone Paddleboard liderado por Lachie Lansdown e Jordie Mercer.
Esse ano, porém, a França preparou uma super seleção e após o vice-campeonato na Dinamarca, virá forte na briga pelo ouro. O time francês tem confirmados nomes como: Titouan Puyo, Martin Vitry, Olivia Piana, Benoit Carpentier, Alexis Deniel, Caroline Angibaud, além de dois remadores no prone paddleboard que podem surpreender: Jérémie Camgrand e Margot Calvet.
Este é o motivo pelo qual muitos apostam numa disputa bem acirrada entre Franca e Austrália na conquista do ouro, ainda que, obviamente, não é possível ignorar a força das seleções dos EUA e Havaí, potências tradicionais, e de países que podem surpreender como o Japão, África do Sul, Espanha, Nova Zelândia e, claro, o Brasil.
Sobre o Brasil, ressalto novamente que essa seleção é bem forte e todas as dificuldades enfrentadas pelo time desde que se iniciou a epopeia para competir na China serviram como liga para manter o time muito unido.
O caso mais emblemático pra mim é o de 2014, quando a equipe brasileira, apenas com as inscrições pagas pela CBSUP, que sem contar com respaldo governamental e sem apoiadores fez o que pode, viajou sem comissão técnica e conquistou, na raça, a histórica medalha de bronze na Nicarágua – Melhor resultado até hoje do Brasil em todos os Mundiais da ISA.
As dificuldades estão ai, mas nós somos especialistas em superá-las. Não tenha dúvida de que vai valer a pena ficar acordado até mais tarde para torcer pela nossa seleção do outro lado do mundo. E só lembrando, o Mundial será transmitido ao vivo aqui no AlohaSpiritClub.com.br.