Entrevista: Raysa Ribeiro fala sobre suas travessias de canoa polinésia
Após completar sua travessia de OC1 pela ilha de Florianópolis, a remadora Rayssa Ribeiro troca uma ideia ... leia mais
Há mais de um ano morando fora do Brasil, o waterman baiano Bruno Pitanga fala sobre suas viagens, experiências adquiridas e os planos para o futuro, entre eles, mais uma participação na 11 City Tour, na Holanda, uma das mais longas e duras provas de SUP race do mundo marcada para o início de setembro.
Nossa parceira, Nicole Wicks Saback, do site supba.com.br, trocou uma ideia com Bruno e nos concedeu a seguinte entrevista:
Por onde passou desde que deixou Salvador?
Em 2017 vim direto pra Portugal, pra trabalhar num surfcamp francês de um grande amigo, como faço todo inverno. Durante a temporada, tive a oportunidade de treinar alguns atletas de outro surfcamp, desta vez, russo. Parece mentira, mas na Rússia tá cheio de surfistas e supistas. Foi a partir daí que a vida deu uma guinada boa, fui convidado por eles pra ser o seu Head coach no Sirilanka.
A princípio iria voltar pro Brasil como de costume, pra temporada de verão 2017/2018 na minha escola ctssurf.com, mas resolvi encarar o desafio e me mudei pra Ásia. A experiência foi alucinante, a cultura budista me encantou, tem tudo a ver comigo, faça o bem e será agraciado com o bem. Natal, virada de ano, aniversário, tudo longe de casa, mas valeu muito a pena, ilha paradisíaca que ta no meu coração. Acabei a temporada no Sirilanka e fui direto pra Bali descansar e surfar altas ondas por 3 meses.
Relaxei, surfei mares clássicos e agora já estou de volta a Portugal pra mais uma temporada, verão sem fim! (risos)
Sabemos que você pretende participar novamente da 11 City SUP Tour. Como está a preparação?
Agora o foco está mesmo nesta prova da Holanda. Dia 5 de setembro começa a prova de Sup mais difícil do mundo, o 11 City Sup Tour, 5 dias de remada totalizando 220 km pelos canais do norte da Holanda. Estou me preparando desde que cheguei a Portugal, 3 meses atrás. Conto com o apoio do surfcamp onde trabalho, dos russos, compraram uma prancha novinha pra que eu possa treinar e participar das provas do nacional português, onde tenho feito meu nome na categoria 14′ , inclusive a última etapa que aconteceu fui o campeão nacional Race técnico.
Como foi a sua participação anterior na 11 City Sup Tour?
Fiz essa prova uma única vez em, EM 2016, na oitava edição, foi uma loucura a prova. Eu já tinha feito algumas longas travessias aí no Brasil, como Salvador – Morro de São Paulo 4 vezes, Pantanal extremo 4 vezes , Ultra Maratona da Pororoca 150 km, porém remar uma média de 45 km por cinco dias seguidos é sinistro, você acaba indo no automático, terminei em 6° lugar na minha categoria, a Master e em 23° na elite.
O que esperar nesta edição da 11 city Sup Tour, ano em que a prova completa 10 anos?
Os organizadores estão se preparando pra colocar mais de 1000 pessoas na raia no último dia, no fim de semana vai ser uma grande festa, pois a cidade, Lewardeen, onde acontece a largada (dia 5/09) e a chegada (dia 9/09) é a capital cultural da Europa e para completar, nesta edição a prova vai contar pontos para o ranking mundial da Paddle League, então vão estar todos os melhores remadores do mundo na prova.
Quais os planos pós prova?
Volto a Portugal pra finalizar a temporada e já embarco dia 1° de novembro pra minha ilha favorita no momento, Sirilanka, onde retomarei as minhas atividades. Há outras coisas boas no radar, lugares incríveis, e no momento certo terei prazer em compartilhar com a galera do SUPBA e com a turma de Salvador, que segue me mandando boas energias.
E o Brasil, não aparece nos planos?
No momento não tenho planos de voltar a morar a morar na Bahia ou em qualquer parte do Brasil, mas pretendo ir em breve rever minha filha, família, amigos queridos, comer um bom acarajé em Itapuã e praticar muito Surf e Sup com a galera.
Para ficar por dentro da cena baiana de water sports acesse supba.com.br.