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Fala galera! Hoje, iremos falar sobre como voltar à rotina de treinamento para você, que teve uma redução dos seus treinos nesse período de distanciamento social.
Uma dica fundamental é não retornar o treinamento de onde você parou, principalmente se você foi infectado por COVID-19 ou outra doença moderada ou grave. É preciso uma avaliação física, clínica e laboratorial. Assim, você terá parâmetros para que seu treinador possa ajustar seu treino.
O ritmo de competições, amadoras ou profissionais, foi reduzido na temporada, entretanto, atletas e praticantes de diversas modalidades terão tempo suficiente para recuperar ou potencializar sua performance.
Quando se fala em rendimento e performance, é comum pensar em treinos pesados e intensos, mas, a dose de treinamento físico para rendimento esportivo segue uma série de parâmetros físicos, cinesiológicos, metabólicos, psicológicos e sociais do atleta (amador principalmente), que está sujeito ao treinamento.
Partindo deste pressuposto, um indivíduo que esteve por mais de um mês parado de forma parcial ou total, deve recomeçar de forma progressiva com avaliações físicas contínuas, através de indicadores de fadiga e esforço.
As adaptações fisiológicas adquiridas com o treinamento físico aeróbio “endurance” são fundamentais no aproveitamento do oxigênio pelos músculos envolvidos na modalidade, promovendo assim, uma maior capacidade de movimentos biodinâmicos da modalidade, possibilitando uma maior distância em menor tempo. No entanto, essas adaptações adquiridas com o treinamento físico são revertidas (reduzidas) após um período de destreinamento físico (doença ou isolamento), provocando uma redução da utilização de oxigênio, consequentemente, prejuízo do rendimento esportivo.
Esta resposta é consequência da redução do treinamento de forma parcial ou total (Carvalho C. e colaboradores. Efeito do treinamento de endurance sobre a neovascularização da musculatura esquelética. Acta Cir. Bras. 2006).
Inúmeros estudos mostram que as principais perdas ocorrem no período compreendido entre a segunda e a quarta semana de destreinamento físico, podendo retornar próximo aos valores de pré-treinamento físico (condição inicial) após alguns meses de inatividade. Assim, podemos verificar que, em um período de destreinamento físico, o atleta será incapaz de manter o seu nível de “performance” semelhante ao atingido antes da pandemia, devido às perdas cardiovasculares e músculo-esqueléticas ocasionadas pelo período de isolamento.
A influência da carga de treinamento sobre o organismo não se restringe ao tempo de realização do exercício no treinamento, mas abrange também o período de descanso após o treinamento.
O efeito das alterações funcionais no organismo ocorre de acordo com a dose de intensidade e do volume de treinamento programado para aquele indivíduo. No caso dos esportes a remo, que são predominantes aeróbios, a perda de rendimento pode ser observada entre a terceira e quarta semana de destreino.
Pesquisas apontam que uma progressão de treinamento aeróbio, de duas a três semanas, pode recuperar performance, dependendo do treinamento do atleta antes da pandemia (Sousa, A. e colaboradores. Treinamento e destreinamento simultâneos: breve revisão sobre o efeito das intensidades de exercício. Int J Sports Med, 2019).
A modalidade de endurance precisa ser trabalhada de forma progressiva, com percentis entre 40 e 60% do esforço, para que a readaptação cardiovascular e musculoesquelética seja rápida, segura e eficiente.
Veja com seu treinador novos ajustes para um treino seguro e eficiente.
Até a próxima galera!