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Ilha de Jeju, na Coreia do Sul, é o lar das Haenyeos, ou “mulheres do mar”, como são conhecidas. Corajosas, elas seguem uma tradição secular: mergulham utilizando apenas o ar dos seus pulmões para coletar frutos do mar.
É assim, com mínimo impacto no meio ambiente, que ganham dinheiro para criar os seus filhos e sustentar as suas famílias.
E apesar das idades avançadas, as Haenyeos permanecem até cinco horas seguidas na água.
Kimi Werner é uma autêntica wahine conhecida por ser uma das melhores mergulhadoras do Havaí e adepta da pesca submarina.
No mar desde criança, Kimi ao longo dos anos percebeu que a grande maioria de seus amigos mergulhadores eram homens.
Ela percebeu também quem praticamente todos seguiram mergulhando após terem filhos, no entanto, a rotina de suas mulheres mudou bastante após a maternidade.
Durante anos, Werner sonhava em ser mãe, mas temia que a gravidez colocasse sua carreira em xeque:
“Eu tinha medo de que minha relação com o oceano se tornasse menos intensa quando virasse mãe”, diz a mergulhadora havaiana, “Para uma mulher, tornar-se mãe pode significar uma data de validade para esse tipo de sonho [de fazer uma carreira no oceano].“
Talvez nenhum grupo de mulheres esteja melhor equipado para reverter essa teoria do que as Haenyeo e foi a partir desta constatação, que Kimi abraçou a produção do documentário “Lessons from Jeju”.
Dirigido por Nicole Gormley, o curta-metragem narra a jornada de Werner de sua casa em Oahu até a ilha de Jeju na Coréia do Sul, onde se encontra com as Haenyeo.
Ao chegar na na ilha de Jeju, Kiki, então grávida de seis meses, é abraçada pelas mergulhadoras, que trabalham incansavelmente debaixo d’água para garantir o sustento de suas famílias.
São mães de três, quatro filhos e nunca deixaram de trabalhar. Elas compartilham com Werner que o que a profissão de mergulhadoras, que surgiu por uma necessidade, hoje é motivo de orgulho.
“Posso ganhar dinheiro e tenho liberdade, quero que minha filha tenha o mesmo“, diz uma das Haenyeo sobre uma mesa de ostras recém-capturadas.
Werner, que lutou contra o medo de que uma carreira e um filho fossem mutuamente exclusivos, então se vê em uma mesa entre mulheres para quem o trabalho e a maternidade estão entrelaçados.
É bem provável que Kimi, e todas as mulheres que assistam à “Lessons from Jeju”, recebam uma dose da mesma confiança e orgulho que essas mulheres do mar exalam, conquistadas por uma vida de trabalho duro, no oceano e em casa.
Essa autoconfiança é exemplificada quando um homem no barco se espanta com a quantidade de frutos do mar recolhida por uma das mulheres: “Você tem muita sorte de ter encontrado isso“, ele diz.
No que a mergulhadora prontamente responde: “A sorte não tem nada a ver com isso!”
Foi a vida de sua experiência – como mergulhadora, como mãe, como mulher – que alimenta suas realizações, e nenhuma cede à outra.