
Alemã Heike Schwerdtner quebra recorde mundial de apneia estática
Alemã Heike Schwerdtner quebra Recorde Mundial no 32º Campeonato Mundial de Apneia da AIDA em Kaunas, Lituânia
Ilha de Jeju, na Coreia do Sul, é o lar das Haenyeos, ou “mulheres do mar”, como são conhecidas. Corajosas, elas seguem uma tradição secular: mergulham utilizando apenas o ar dos seus pulmões para coletar frutos do mar.
É assim, com mínimo impacto no meio ambiente, que ganham dinheiro para criar os seus filhos e sustentar as suas famílias.
E apesar das idades avançadas, as Haenyeos permanecem até cinco horas seguidas na água.
Kimi Werner é uma autêntica wahine conhecida por ser uma das melhores mergulhadoras do Havaí e adepta da pesca submarina.
No mar desde criança, Kimi ao longo dos anos percebeu que a grande maioria de seus amigos mergulhadores eram homens.
Ela percebeu também quem praticamente todos seguiram mergulhando após terem filhos, no entanto, a rotina de suas mulheres mudou bastante após a maternidade.
Durante anos, Werner sonhava em ser mãe, mas temia que a gravidez colocasse sua carreira em xeque:
“Eu tinha medo de que minha relação com o oceano se tornasse menos intensa quando virasse mãe”, diz a mergulhadora havaiana, “Para uma mulher, tornar-se mãe pode significar uma data de validade para esse tipo de sonho [de fazer uma carreira no oceano].“
Talvez nenhum grupo de mulheres esteja melhor equipado para reverter essa teoria do que as Haenyeo e foi a partir desta constatação, que Kimi abraçou a produção do documentário “Lessons from Jeju”.
Dirigido por Nicole Gormley, o curta-metragem narra a jornada de Werner de sua casa em Oahu até a ilha de Jeju na Coréia do Sul, onde se encontra com as Haenyeo.
Ao chegar na na ilha de Jeju, Kiki, então grávida de seis meses, é abraçada pelas mergulhadoras, que trabalham incansavelmente debaixo d’água para garantir o sustento de suas famílias.
São mães de três, quatro filhos e nunca deixaram de trabalhar. Elas compartilham com Werner que o que a profissão de mergulhadoras, que surgiu por uma necessidade, hoje é motivo de orgulho.
“Posso ganhar dinheiro e tenho liberdade, quero que minha filha tenha o mesmo“, diz uma das Haenyeo sobre uma mesa de ostras recém-capturadas.
Werner, que lutou contra o medo de que uma carreira e um filho fossem mutuamente exclusivos, então se vê em uma mesa entre mulheres para quem o trabalho e a maternidade estão entrelaçados.
É bem provável que Kimi, e todas as mulheres que assistam à “Lessons from Jeju”, recebam uma dose da mesma confiança e orgulho que essas mulheres do mar exalam, conquistadas por uma vida de trabalho duro, no oceano e em casa.
Essa autoconfiança é exemplificada quando um homem no barco se espanta com a quantidade de frutos do mar recolhida por uma das mulheres: “Você tem muita sorte de ter encontrado isso“, ele diz.
No que a mergulhadora prontamente responde: “A sorte não tem nada a ver com isso!”
Foi a vida de sua experiência – como mergulhadora, como mãe, como mulher – que alimenta suas realizações, e nenhuma cede à outra.