Treinamento intestinal: Potencializando a absorção de nutrientes

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Treinamento intestinal
Esportes de endurance exigem não apenas condicionamento físico e mental, mas também a capacidade do sistema digestivo lidar com a ingestão de nutrientes. Foto: Kindel Media / Pexels

Fala, amigos do mar! Vocês sabem como otimizar a absorção de nutrientes durante remadas de longa distância?

Os esportes de endurance, como maratonas, travessias e remadas de longa distância, exigem não apenas condicionamento físico e mental, mas também a capacidade do sistema digestivo lidar com a ingestão de nutrientes durante esforços prolongados. O “treinamento intestinal” tornou-se uma prática cada vez mais reconhecida entre atletas de endurance, buscando minimizar desconfortos gastrointestinais e otimizar a absorção de energia durante competições.

A necessidade do treinamento intestinal

Durante exercícios de longa duração, o fluxo sanguíneo é redirecionado para os músculos em atividade, reduzindo o aporte para o sistema digestivo. Isso, associado ao impacto repetitivo e ao estresse térmico, pode levar a problemas gastrointestinais, como náuseas, cólicas, diarreia e vômitos. Estes sintomas podem comprometer a performance e até mesmo forçar o abandono de competições.

O treinamento intestinal visa habituar o trato gastrointestinal (GI) às demandas impostas pelo consumo de alimentos e líquidos durante o exercício. Esse processo de adaptação pode reduzir a incidência de desconfortos e melhorar a eficiência na utilização dos carboidratos e eletrólitos consumidos.

Abordagens práticas para o treinamento intestinal

  • Simulação de Condições de Competição: É essencial que os atletas simulem o que pretendem consumir durante as competições em seus treinos de longa duração. Isso inclui testar diferentes tipos de alimentos, bebidas esportivas e géis energéticos. A prática regular ajuda a identificar quais produtos são mais bem tolerados e permite ao sistema digestivo adaptar-se ao estresse do exercício.
  • Progressão na Ingestão de Carboidratos: Aumentar gradualmente a quantidade de carboidratos ingeridos durante os treinos pode ajudar a aumentar a capacidade do sistema GI de absorvê-los eficientemente. Recomenda-se iniciar com quantidades menores, aumentando conforme o corpo se adapta.
  • Treinos em Altas Temperaturas: Treinar em condições quentes pode ser particularmente desafiador para o sistema digestivo. Praticar em ambientes com temperaturas elevadas pode ajudar a preparar o corpo para competições em climas similares, permitindo ajustes na ingestão de líquidos e eletrólitos.
  • Foco na Hidratação: A hidratação é um fator crucial tanto para a performance quanto para a função GI. No entanto, o excesso de líquidos pode levar a desconfortos como o inchaço. O treinamento deve incluir testes de diferentes volumes e frequências de ingestão para determinar o equilíbrio ideal.
  • Treinamento com Diferentes Fontes de Carboidrato: Utilizar uma combinação de glicose e frutose, por exemplo, pode aumentar a taxa de absorção de carboidratos, reduzindo o risco de sobrecarregar uma única via de transporte no intestino.

Benefícios do treinamento intestinal

  • Redução de Sintomas Gastrointestinais: Estudos mostram que atletas que treinam seu sistema digestivo experimentam menos problemas GI durante competições.
  • Melhor Utilização de Carboidratos: Um sistema GI treinado pode absorver e utilizar carboidratos de maneira mais eficaz, proporcionando energia contínua durante esforços prolongados.
  • Maior Conforto e Confiança: Saber que o corpo pode tolerar os alimentos e líquidos ingeridos durante a prova permite ao atleta focar no desempenho, sem preocupações com desconfortos inesperados.

Em caso de dúvidas, procure sempre um nutricionista esportivo para ajustar sua dieta.

Grande abraço e bons treinos!

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