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Através de comunicado oficial, a confederação brasileira de canoagem polinésia – CBVA’A divulgou a escolha da nova diretoria que irá comandar a entidade a partir de 01 de janeiro de 2024. Apenas uma chapa apresentou candidatura, de forma que coube à atual gestão apenas protocolar a escolha dos novos dirigentes.
A nova diretoria tem como presidente o capixaba Jefferson Alves Cabral, atual presidente da Federação de Va’a do Espírito Santo; a cearense Kaline Rocha Macedo, atual diretora administrativo-financeira da Federação Cearense de Va’a, na vice-presidência e a brasiliense Rafaela Alarcão, atual integrante do conselho de atletas da Federação Brasiliense de Va’a, ocupando o cargo de diretora financeira.
Completam a nova diretoria da CBVA’A, formando o conselho fiscal: Georgia Michelucci (SP), Larissa Noguchi de Oliveira (PA) e Marcelo Ottoni Nepomuceno (DF).
Cabral, cuja atual gestão frente à federação capixaba é bem avaliada, terá pela frente grandes desafios. Entre eles, profissionalizar a comunicação da confederação brasileira e popularizar a va’a para além da região Sudeste, sobretudo além do estado do Rio de Janeiro, que concentrou nos últimos anos grande parte dos eventos oficiais da CBVA’A, enquanto estados com enorme potencial, como Bahia, Ceará, Pará e Santa Catarina, por exemplo, nunca receberam uma etapa do campeonato brasileiro.
A comunicação também é um enorme gargalo. Sem contar com um setor marketing e assessoria de imprensa até hoje e com um site antiquado e pouco funcional, a CBVA’A se tornou refém de grupos de whatsapp, onde membros da atual diretora compartilham editais e respondem a incontáveis perguntas (além de ocasionalmente receber insultos), em diversos grupos, tornando ainda mais ruidosa e pouco produtiva a publicidade de seus eventos, resultados de competições e convocações.
Será importante, também, que a nova diretoria adote uma visão mais abrangente e conceitual da va’a, fomentando seu legado cultural e histórico através de eventos e cursos, aspectos que são o grande diferencial da modalidade. Outro ponto que merece atenção é a regularização da operação de clubes que surgem à revelia em todo Brasil, visando a segurança de novos praticantes e a própria imagem da canoagem polinésia.
A atual gestão encerra seu mandato informando que concluiu o processo legal de alteração do estatuto da entidade para formalmente transformá-la em confederação, um passo importante para a obtenção de recursos. A va’a cresceu muito nos últimos anos, mas precisa pavimentar esse caminho através de uma base sólida, visando um crescimento sustentável e abrangente, para que não se torne apenas uma moda passageira. O momento é crucial para que o atual sucesso da modalidade não se converta em um pico momentâneo, mas, sim, como uma oportunidade para consolidar a prática da canoagem polinésia em todo Brasil. Oxalá que a nova diretoria tenha sabedoria para conduzir uma atividade tão rica e inclusiva na direção correta.