Alerta aos remadores: Gripe Aviária H5N1 detectada em aves marinhas no Brasil

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Gripe aviária
Até o momento, o vírus da gripe aviária H5N1 foi detectado em aves silvestres em quatro estados brasileiros. Foto: Aaron Black-Schmidt

Remadores de modalidades como canoa polinésia, stand up paddle e surfski, devem ficar em estado de alerta devido à presença do vírus da gripe aviária H5N1 encontrado em aves marinhas do litoral brasileiro. A doença representa um perigo para a saúde humana e exige cautela por parte dos esportistas.

Até o momento, o vírus da gripe aviária H5N1 foi detectado em aves silvestres em quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. No Espírito Santo, foram registrados casos em Marataízes e Vitória; no Rio Grande do Sul, na Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar; no Rio de Janeiro, na área da Baía de Guanabara, Cabo Frio e São João da Barra; e em São Paulo, um caso confirmado em Ubatuba.

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O vírus H5N1 da gripe aviária é transmissível para os seres humanos e possui o potencial de causar uma pandemia. Por essa razão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um monitoramento rigoroso. O contágio em humanos ocorre por meio do contato com animais mortos ou doentes, mas é raro.

No entanto, devido ao potencial pandêmico do vírus, já que ele pode sofrer mutações e se tornar mais transmissível, a doença está sendo monitorada em regime de emergência pelos governos federal, estaduais e municipais. As autoridades de saúde alertam que a população precisa colaborar, evitando tocar em aves mortas ou doentes e informando imediatamente aos agentes de saúde ao avistar uma ave marinha nessas condições.

O virologista Paulo Brandão, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou em entrevista ao jornal O Globo que, atualmente, o vírus não representa uma grande ameaça para a saúde humana, pois são casos pontuais que se encerram em si mesmos. No entanto, a situação é trágica para a vida selvagem, representando uma grande ameaça para as aves.

Desde outubro de 2022, o vírus influenza H5N1 já causou a morte de mais de 58 milhões de aves em todo o mundo. Até o momento, a doença foi encontrada em seis espécies de aves marinhas:

  • trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus);
  • atobá-pardo (Sula leucogaster);
  • rinta-réis-real (Thalasseus maximus);
  • trinta-réis-boreal (Sterna hirundo);
  • corujinha-do-mato (Megascops choliba);
  • cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus).

Como identificar aves possivelmente doentes?

Remadores que avistarem aves apresentando sintomas de H5N1 devem ligar para os órgãos de meio ambiente da cidade ou para a Vigilância Sanitária mais próxima. No entanto, é fundamental ressaltar que não se deve tocar nas aves. Os sintomas da gripe aviária em aves infectadas incluem corrimento e inchaço ocular, dificuldade para respirar, letargia, incapacidade de se levantar ou andar e tremores.

Se a ave estiver fraca, é provável que ela seja vista “capotando” nas ondas, sendo jogada contra as pedras ou descansando na areia da praia sem reagir à aproximação das pessoas. Portanto, a recomendação é evitar se aproximar ou tocar nas aves nessas condições e acionar os órgãos competentes, que farão a remoção e identificação de possíveis problemas.

O cuidado e a atenção de todos são essenciais para evitar a disseminação da gripe aviária H5N1 e proteger tanto a saúde humana quanto a vida selvagem. Fiquem alertas e sigam as orientações das autoridades de saúde.

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