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Tradicionalmente utilizada após trauma agudo com o objetivo de reduzir o edema e a dor por meio da aplicação local de gelo, a crioterapia sofreu uma evolução, principalmente na área da medicina desportiva, passando a ser utilizada no corpo inteiro
No esporte de rendimento competitivo os atletas procuram formas eficientes e rápidas de recuperação muscular, para assim permitir mais performance e resultados nos treinos e nas competições.
O esporte de endurance se caracteriza como atividade predominantemente da capacidade aeróbia, que consiste na metabolização do oxigênio que é inalado pelas vias respiratórias e sofre um processo de hematose (nos alvéolos pulmonares), sendo conduzido pela corrente sanguínea até ser extraído pelas fibras musculares do tipo I (ação dependente da treinabilidade) e transformado em energia nas mitocôndrias (nossa usina de energia) dentro das células musculares.
Sendo assim, os esportes de endurance, que exigem uma demanda energética alta e continua, precisam estabelecer estratégias de recuperação pós treinos e pós competições, promovendo regeneração da fibra muscular e dos tecidos danificados com o esforço prolongado.
É comum atletas relatarem dores musculoesqueléticas, câimbras, dor muscular tardia e indisposição para uma nova sessão de treino. Isso acontece devido a altas doses de treino ou à inadequação ao controle de carga de treinamento (densidade e intensidade) distribuídas no planejamento esportivo.
Algumas estratégias manuais e nutricionais são interessantes e recomendadas para reduzir dores e recuperar os tecidos danificados pela intensidade do esforço. A literatura científica mostra inúmeros benefícios recuperativos e regenerativos com a intervenção da nutrição, compressão, massagens e a termoterapia. Vale ressaltar que profissionais da fisioterapia devem ser consultados para avaliação e prescrição do recovery.
A crioterapia é um dos tratamentos mais utilizados na fisioterapia. Tradicionalmente, esse tipo de terapia era utilizado após trauma agudo com o objetivo de reduzir o edema e a dor por meio da aplicação local de gelo. Recentemente, o conceito de crioterapia sofreu uma evolução, principalmente na área da medicina desportiva, com a utilização da crioterapia de corpo inteiro.
Estudos recentes mostram que os leucócitos podem induzir efeitos positivos nos níveis inflamatório, muscular, hematológico, ósseo e hormonal. Além disso, parece que os beneficiários da terapia não são apenas os atletas, mas também as pessoas com patologias musculoesqueléticas.
A crioterapia possibilita benefícios eletroterapêuticos e termoterapêuticos utilizados na reabilitação de desordens do sistema musculoesquelético para a diminuição do metabolismo, efeitos anti-inflamatórios e analgésicos.
Assim, a crioterapia torna-se uma ferramenta potencializadora para questões estratégicas de recuperação esportiva. Atuando em diversas situações, como nos efeitos fisiológicos e terapêuticos do gelo.
Portanto, a crioterapia é eficaz na redução da velocidade de condução nervosa, tem efeitos anti-inflamatórios, reduz o espasmo vascular e desaceleração do fluxo sanguíneo que ajudam no aumento da flexibilidade e propriocepção dos atletas e praticantes de endurance.
Dessa forma, é imprescindível que haja uma avaliação e acompanhamento profissional para prescrição de tempo, duração e temperatura da água.
Até a próxima, galera.