Exercícios Pliométricos: o que são e quais os benefícios para o seu treinamento
Nossa colunista, Carol Morelli, fala sobre os Exercícios Pliométricos, uma ótima alternativa de ... leia mais
Olá, Pessoal! Hoje vamos falar sobre a importância do trabalho de mobilidade, que na preparação física tem a ver com a nossa capacidade e facilidade de executar os movimentos necessários para a prática desportiva. Ter mobilidade é benéfico não só para o esporte, mas para a qualidade de vida como um todo. O sedentarismo e o envelhecimento natural do organismo levam a rigidez articular, limitando nosso corpo em diversos aspectos do nosso dia a dia. Com a melhora da mobilidade, o indivíduo ganha eficiência neuromuscular, aprimorando suas funções motoras. Ou seja, seus movimentos têm mais funcionalidade.
A primeira coisa que devemos esclarecer é a diferença entre mobilidade e flexibilidade, uma confusão muito comum entre as pessoas. Ter uma boa flexibilidade significa ter uma capacidade maior de alongamento dos grupos musculares. Para melhorar a flexibilidade, utilizamos exercícios passivos, que movem as articulações e geram uma amplitude de movimento sem nenhum tipo de esforço. Por isso, normalmente é indicado realizar esse trabalho fora do momento de treino. Também não é bom também realizar exercícios de flexibilidade e alongamento depois do treino pois o músculo já está fadigado da atividade física e não tem a mesma resposta.
Já a mobilidade está relacionada diretamente às articulações do corpo, por isso utilizamos exercícios ativos, onde movemos uma articulação em uma amplitude de movimento utilizando a própria força e controle do corpo. Ter uma boa flexibilidade consequentemente ajuda a ter uma boa mobilidade. Além disso, exercícios de mobilidade podem ser utilizados como forma de aquecimento. Por serem movimentos ativos, ou seja, mais dinâmicos, melhora diretamente a execução da atividade física planejada, tornando os movimentos mais funcionais. Por isso, o ideal é trabalhar tanto a flexibilidade como a mobilidade, não só um ou outro. Isso ajuda inclusive na prevenção de lesões.
Muitas vezes, quando o treinador faz a correção na execução de determinado movimento e o atleta não melhora, pode ser que não seja um problema relacionado à técnica mas sim a falta de mobilidade que está impedindo a movimentação adequada. Por exemplo, quando se está realizando um exercício de agachamento, um trabalho de mobilidade de quadril adequado faz com que a pessoa execute esse movimento de maneira mais fácil (solto). Essa articulação especificamente é responsável pelos movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna, externa e circundução, além de suportar o peso do tronco e dissipar as forças para os membros inferiores. Por isso, caso haja falta de mobilidade, é comum que a pessoa sinta dores nas costas (lombar) ou joelhos.
Na natação, uma articulação que é bastante exigida e merece atenção é a do ombro. Muitos nem sempre percebem que estão com problemas de mobilidade, mas as compensações do corpo denunciam por si só. Rotações articulares controladas em várias direções são um excelente exercício para aumentar a amplitude de movimento. Vale lembrar que os ombros têm uma relação muito importante com outras regiões do corpo, como cervical e torácica. Quem trabalha muito sentado e/ou em uma mesma posição tende a ficar com os ombros muito para frente, por isso realizar 5 a 10 minutos de exercícios de mobilidade por dia alivia as tensões e diminui aquelas sensações de incômodo.
A mobilidade de tornozelo também é importante para a realização de bons padrões de movimento dos membros inferiores, incluindo boa estabilidade de joelhos e quadril, que ajuda bastante o atleta a manter a posição de streamline.
Bom, pessoal, acho que já falamos bastante. Voltamos em breve com mais dicas para você melhorar a sua performance!