Treinamento: importância de focar em seus pontos fracos
Entenda porque é tão importante para seu treinamento focar em seus pontos fracos ao invés de manter ... leia mais
Aloha Galera! Preparados para entrar em mais um bloco de informações sobre o va’a?
Agora que você já possui conhecimento sobre a história do Va’a e as particularidades que envolvem uma canoa polinésia com os conhecimentos adquiridos no primeiro bloco de artigos, chegou a hora de você observar as técnicas básicas de remada.
Neste sexto artigo da série escrita exclusivamente para a plataforma do Aloha Spirit Mídia, você verá que saber o básico não significa não saber algo importante, muito pelo contrário. O básico é algo que lhe dará o conhecimento necessário para desenvolver uma remada cada vez mais avançada e apurada. Um remador não poderá evoluir a sua remada sem base. Então neste sexto artigo falaremos especificamente sobre fundamentos e conceitos.
Está preparado? Então vamos lá, boa leitura!
Por André Leopoldino, capitão do Tribuzana Va’a e instrutor/desenvolvedor do Curso Básico de Va’a
No Brasil, geralmente se fala em duas técnicas, a técnica havaiana e a técnica taitiana. Cada uma destas técnicas possui suas características que foram definidas ao longo de anos de tradição, vivência, tipo de mar e condições de cada região.
Não vamos aqui, discutir sobre qual técnica é melhor do que a outra, mas sim, utilizá-las para explicar técnicas básicas e a base da remada para os nossos remadores. A técnica, a grosso modo, é um conjunto de movimentos organizados que levam o remador a ter uma maior eficiência na remada, com um menor esforço e desgaste físico durante essa prática.
Para iniciarmos nossos estudos através das técnicas, precisamos consolidar alguns conhecimentos, como: sincronia, cadência/ritmo, intensidade, comprimento de remada, amplitude, flexão de tronco, giro de tronco e giro de quadril.
Sincronia: O ato de remar em conjunto e simultaneamente com os outros remadores que compõem a canoa. Esse é o principal conceito para todos os remadores, de nada adianta ter técnica e força mas não remar em sincronia. Muito importante entendermos que a sincronia depende inclusive de todos os remadores utilizarem a mesma técnica, a mesma forma de remar, cada detalhe deve ser considerado.
Cadência/Ritmo: Quantidade de remadas (frequência) dentro de um mesmo período, um movimento regular e periódico no curso de qualquer processo, como por exemplo, remar 40 vezes em um período de um minuto é uma cadência, um ritmo; como remar 60 vezes em um minuto é outra cadência ou ritmo.
Intensidade de Remada: Remar de forma intensa é remar com força, com energia, com pressão. Quanto maior for a intensidade da remada maior é a força que estamos utilizando. Em remadas de percurso curto a intensidade pode ser muito maior que em remadas de longas distâncias. Então devemos medir a intensidade que iremos remar com base na distância a ser percorrida e analisando o tempo em que queremos concluir essa tarefa.
Comprimento de Remada: É a medida da distância em que conseguimos colocar nosso remo mais à frente no início da remada (catch), até o final deste movimento, no início da retirada do remo da água. É a medida entre estes dois pontos, ou seja, Ponto A (catch ou entrada do remo na água) e Ponto B (retirada do remo da água).
Amplitude: Para nós remadores a amplitude de uma remada é o nome que identifica o movimento de estender o corpo para frente, com o objetivo de alcançar o remo em uma posição mais ampla. Tem relação direta com a flexão e giro do tronco, onde quanto maior for esse movimento, maior será a amplitude e alcance da remada. Existe também, uma relação direta com o comprimento de remada, onde quanto maior for a amplitude, maior será a distância percorrida com o remo na água.
Flexão de Tronco: Movimento de flexionar o tronco para frente de forma a atingir uma maior amplitude e um maior alcance com o remo no início da remada.
Giro de Tronco: Movimento de girar o tronco (região superior do tórax) para também atingir uma amplitude e alcance maior de remada.
Giro de Quadril: Movimento de girar o quadril para aumentar a eficiência da remada.
Agora que conhecemos os conceitos iniciais sobre técnicas de remada, vamos estudar as cinco fases da remada. Para facilitar o entendimento destas fases, eu costumo dividi-las em três fases principais e duas fases de ligação, veja abaixo:
Vamos estudar no próximo artigo cada uma destas fases, sua sequência e os diversos detalhes envolvidos em um ciclo de remada. Nos vemos na próxima semana ok?
Não se esqueça que todo esse material tem origem no Curso Básico de Va’a e lá você poderá se aprofundar em todos estes assuntos, bem como, assistir videoaulas iradas e testar seus conhecimentos em exercícios de avaliação para cada capítulo do curso. Um big aloha!