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A paracanoagem, assim como todos os esportes paraolímpicos, atende a um sistema próprio de classificação desenvolvido a partir de regras criadas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC).
No caso da canoagem e paracanoagem, essas regras são implementadas pela Federação Internacional (IVF), de acordo com o estabelecido pelo IPC, com alguns ajustes, conforme necessário.
O profissional responsável por determinar o sistema de classificação dos paraatlteas é conhecido como Classificador de Paracanoagem.
Este profissional deve conhecer todos os documentos do IPC e da Federação Internacional de Canoagem (ICF), assim como de respeitar os protocolos e regras do Comitê Paralímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira de Canoagem.
Além de conhecer as regras (IPC e ICF, no caso da canoagem) e ter um excelente conhecimento específico (ciência do movimento humano, para o classificador funcional), o classificador deve seguir rigorosamente o Código de Ética do IPC.
A classificação do atleta começa com a análise dos documentos/exames para averiguar se ele tem ou não um comprometimento elegível na avaliação do Classificador de Paracanoagem.
São 10 comprometimentos elegíveis do IPC:
A Paracanoagem busca esses novos atletas para mostrar a eles novas oportunidades, como é o caso de Marcelo Carmessano, tetracampeão brasileiro da categoria KLT1:
“O maior desafio é superar as adversidades todos os dias, que não é diferente dentro do caiaque e da Paracanoagem. Nossa dificuldade é muito grande, nós temos várias adaptações para isso, mas mesmo assim estamos tentando chegar em um consenso para todos os atletas. O maior sonho nosso, é claro, é participar de um campeonato mundial, para representar o Brasil lá fora”, conta o paracanoísta.
“A minha categoria é a KLT1, a categoria que tem mais comprometimento. A dificuldade é muito grande, pois pessoas nessa condição possuem pouquíssima mobilidade. Trazer esses novos atletas é complicado, até mesmo o medo que possuem de entrar no caiaque, de não ter um acompanhante”, complementa Marcelo.
Essa dificuldade só é possível de ser sanada com estímulo para que as pessoas se interessem e busquem as modalidades paralímpicas.
Segundo a Supervisora de Paracanoagem, Fátima Fernandes, é importante criar oportunidades nos eventos nacionais/regionais para que novos atletas possam ingressar à modalidade.
“Em 2013, tivemos um curso de classificação na USP, estávamos eu e o Diego, classificador italiano, o evento foi organizado pelo Leonardo Maiola, e existiam alguns atletas voluntários para o curso de classificação, dentre eles o Felipe Pacheco e o Marcelo Carmessano. Decidimos, então, escrever duas classes a nível nacional para os tetraplégicos, contribuindo para que a Canoagem seja cada vez mais inclusiva”, comenta Fátima.
A prática esportiva é um dos meios que trazem benefícios para as pessoas, pois ela proporciona métodos que estimulam a funcionamento do corpo.
“Primeira coisa, faz bem para a pessoa. Eu estou na Paracanoagem desde 2013, e já fomos em nove atletas. Com essa dificuldade que tivemos, foram diminuindo os atletas, hoje na KLT1, que é a minha categoria, estamos com três atletas, e na L2 temos cinco atletas. Mas por conta dessa dificuldade querem desistir, mas estamos aqui para incentivar e trazer novamente atletas para remarem conosco”, ressalta Carmessano.
Para mais informações acesse cbca.com.br.