Olá amigos! 2022 chegou e estamos com grandes expectativas para uma temporada de muitas provas! E para começar com o pé direito, vamos falar sobre um fundamento essencial para quem nada em águas abertas: a respiração. Muitos atletas têm dificuldade em realizar a respiração bilateral e por conta disso acabam viciados em respirar para um lado só. No meu ponto de vista, considerando toda minha experiência na maratona aquática, existem dois grandes problemas na respiração unilateral.

Primeiro, o desequilíbrio muscular. Quando o atleta usa apenas um lado do corpo, as chances de gerar uma lesão dependendo do volume e intensidade dos treinos são maiores. Segundo, com a respiração unilateral naturalmente o atleta promove um desequilíbrio técnico que terá como consequência uma menor eficiência do nado.

Muitos atletas relatam desconforto ao respirar para o lado usado com menor frequência. É claro que todos nós temos um lado mais forte e de maior mobilidade. Mas vale lembrar que tudo é treinável e pode melhorar. Normalmente essa dificuldade em respirar para os dois lados acontece por falta de rolamento de tronco para o lado que não está acostumado a respirar. Isto ocorre porque a rotação do tronco no momento que respiramos é mais ampla e quando não respiramos é menos ampla. Assim, é interessante incluir nos treinos movimentos que ajudem a melhorar esse rolamento de tronco.

Uma estratégia eficiente para trabalhar a respiração bilateral é inseri-la no aquecimento, nos educativos, nas séries mais leves que não exigem tempo e nas partes regenerativas do treino. Ou seja, aproveitar os momentos em que o atleta está mais concentrado, adquirindo assim uma maior percepção do movimento. Conforme o atleta sentir segurança, ele pode começar a respirar para os dois lados nas séries mais intensas até que se torne comum aplicá-la em qualquer momento do treino e da prova.

Espero mais uma vez ter contribuído para a melhoria do treino de vocês. Desejo a todos um ano repleto de conquistas e muito aprendizado! Boas braçadas e até mais!

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