Rei de Búzios 2018 | Inscrições abrem dia 10 de setembro
Segunda edição em 2018 do Rei de Búzios rola entre os dias 10 e 11 de novembro e terá a estreia da prova ... leia mais
Número de séries, de repetições, carga, tempo de intervalo… Muitos não sabem, mas quando um treinador prepara uma planilha de treinos, ele leva em consideração 7 pilares comprovados cientificamente para estimular o desenvolvimento fisiológico (órgãos e sistemas), estrutural (músculos e ossos) e psicológico (neurotransmissores) de cada indivíduo. São eles:
Cada atleta tem características singulares e para entendê-las e melhorá-las é preciso considerar diversos aspectos como sexo, idade, capacidade física, necessidades, limitações, objetivos… Ou seja, existe um histórico de saúde muito particular, logo, é necessário respeitar essa individualidade, uma vez que os efeitos de um treinamento ou exercício não são iguais em todos os atletas.
Uma das características que permitiu ao ser humano viver e sobreviver em diferentes habitats é sua alta capacidade de adaptação. No caso da atividade física, a melhora do condicionamento físico está totalmente ligada à adaptação do corpo aos diversos estímulos que ele recebe durante a prática esportiva. Quanto melhor adaptação, mais fácil é a execução dos movimentos exigidos pela modalidade praticada.
A melhora do condicionamento físico só existe de fato quando temos regularidade na prática desportiva. Interrupções sucessivas do treinamento levam o corpo a retornar às condições anteriores. Já é comprovado cientificamente que o corpo possui uma memória muscular, então os efeitos do treinamento serão percebidos somente dias depois do treino, respeitando a adaptação do corpo àquele estímulo.
A forma mais fácil de notar a evolução de um treinamento, além da maior dificuldade dos exercícios, é por meio do aumento da carga. É importante destacar que esse processo deve ser bastante gradual, degrau por degrau, pois desta forma o atleta minimiza o impacto nas articulações, previne lesões e promove a recuperação muscular adequada para o organismo. Muitos erram justamente em querer levantar/suportar uma carga maior do que estão preparados, causando dores, correndo o risco de se lesionar, o que pode comprometer diretamente o planejamento.
Intensidade: O aumento de carga também está diretamente ligado ao aumento do volume e da intensidade dos treinos. Volume são as séries, repetições, exercícios, frequência semanal, distância percorrida e tempo de treino. A intensidade são o peso, inclinação, carga nos ergométricos, velocidade de deslocamento. É importante que o atleta saiba que intensidade e volume são inversamente proporcionais. Quando o volume do treinamento aumenta, a intensidade tende a cair e vice-versa. Assim, um bom treino nunca deve ser intenso e volumoso ao mesmo tempo, devemos sempre priorizar, de acordo com os objetivos e necessidades do atleta, um dos dois aspectos.
Quanto maior a variedade de estímulos produzida durante a prática esportiva, melhor será a resposta do corpo aos treinos. Por isso existe uma mudança de exercícios periódica nas planilhas de treino. A variabilidade não apenas evita a monotonia, como gera motivação para o atleta atingir sempre um novo patamar.
Uma boa preparação física não busca apenas performance. Cada gesto motor promove ganhos para os sistemas neuromuscular, energético e cardiorrespiratório, fazendo com que o indivíduo se sinta bem com ele mesmo. Além disso, a prática esportiva também regula as emoções e o psicológico do atleta, aumentando sua autoestima e deixando a mente mais equilibrada. Isso influencia em aspectos como longevidade e qualidade de vida, fazendo com que as pessoas vivam mais e melhor.
Esses pilares podem ser aplicados tanto para atletas amadores como profissionais. Podemos dizer que não existe um mais importante que o outro, mas se você deseja tornar os treinos mais eficientes e seguros, todos são importantes para sua preparação física.