Oscar Chalupsky, ao vivo, no Análise desta terça-feira (17)
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Nascido e criado na comunidade de Santa Cruz dos Navegantes, popularmente conhecida como Pouca Farinha, no Guarujá, Jeferson Libório, 40 anos, pratica canoagem desde os 17 e é reconhecido como um dos grandes nomes da modalidade no Brasil.
A comunidade fica localizada em frente à entrada do canal do Porto de Santos, uma área muito frequentada por remadores devido a suas águas abrigadas.
Libório conta que por influência de amigos conseguiu um caiaque e passou a frequentar as aulas do Clube Regatas Santista, do outro lado do canal, na cidade de Santos, em 1997.
“Eu atravessava de caiaque com um técnico que começou a me dar aula e comecei a partir pra essa área do esporte”, contou o remador.
Aos 20 anos de idade, ele se mudou em definitivo para Santos, onde mergulhou de vez nos esportes a remo.
No entanto, as raízes não deixaram Libório. Ele se sentiu na obrigação de voltar ao seu antigo bairro e ajudar as crianças do local por meio do esporte.
“Abri esse projeto há quatro anos com ajuda de amigos da canoagem. Hoje, ainda dependemos muito de doações, não é fácil trabalhar com projeto social. Temos 40 crianças com a gente, damos aulas três dias por semana”, disse Libório.
E parece que a paixão pela modalidade é hereditária. Bruna Libório, filha de Jeferson, começou a se aventurar na canoagem há três anos. Hoje, ela já faz parte da seleção brasileira da modalidade.
“Em 2018 eu conheci a ONG do meu pai e me apaixonei pelo esporte. Comecei ali a competir cada vez mais, em 2019 competi o Campeonato Brasileiro de Canoagem e dali veio a minha convocação para a seleção, pois fiquei em segundo na categoria Cadete”, disse Bruna.
Apesar de todas as dificuldades em manter um projeto social, o esforço vale a pena quando o que importa é ver uma criança feliz. O experiente canoísta não esconde a satisfação ao lembrar dos momentos em que vê as crianças evoluindo na modalidade. Isso, é o que o motiva a cada dia a continuar passando seus conhecimentos aos seus pupilos.
“Isso é gratificante. Através do esporte, você poder incentivar a criançada. Isso não tem preço. Eles amam entreter a cabeça através do esporte. Você vê a evolução de cada um e eles ficam muito felizes com isso. Sou muito grato a Deus por me fazer ter essa vivência através do esporte”, finalizou o canoísta.
Fonte: GE / Tv Tribuna