Porque devemos reverenciar Duke Kahanamoku
Para muitos, o maior water man que já existiu, Duke Kahanamoku é um ícone da natação, surfe e canoagem ... leia mais
Olá Pessoal! É com muita alegria que passo a fazer parte da equipe de colunistas do portal Aloha Spirit Club. Muito grato pelo convite do Luciano, editor do portal, e espero poder ajudá-los a se apaixonarem pela natação em águas abertas, assim como eu sou.
Muitos me perguntam: o que a maratona aquática tem que a natação em piscina não oferece? Não é tudo a mesma coisa? Os benefícios proporcionados ao praticante são basicamente iguais como força e tônus muscular, melhoria do sistema cardiorespiratório e circulatório, é uma atividade livre de impacto não agredindo as articulações, combate o estresse e tem um alto gasto calórico…
Mas a maratona aquática pode ir além. Ela incentiva o contato do nadador com a natureza, levando inclusive ao conhecimento geral a importância da preservação ambiental. Fomenta o turismo possibilitando visitar lugares diferentes no Brasil e no mundo. Também é um esporte extremamente democrático, atletas com os mais variados biotipos, nível técnico e idade podem praticar e competir juntos, em pé de igualdade pois compartilham das mesmas condições. Os resultados claro, são diferentes, mas o ambiente é comum.
COMEÇANDO A NADAR EM ÁGUAS ABERTAS
Vários atletas acham que migrar da piscina para águas abertas é simples, porém é preciso se atentar para algumas peculiaridades da modalidade. O primeiro deles é aprender a navegar e se acostumar com outros pontos de referência. Na piscina o atleta vê tudo, a água é mais transparente e existem marcações no chão e no teto, mas na maratona aquática o mar, rio ou represa podem estar com a água mais turva, dificultando a visibilidade. Além disso, o nadador se orienta pelas boias ou pontos externos como edifícios, tendas, marcos históricos, ilhas etc. Nesse sentido é fundamental treinar e se acostumar com a respiração frontal (navegação), que pode exigir mais da musculatura do pescoço, peitoral e costas para que o atleta consiga visualizar melhor para onde está indo.
O atleta também precisa aprender a lidar com as adversidades da natureza. Correntes marítimas, vento, sol, chuva, temperatura da água… diversos fatores influenciam diretamente a performance, mas ao contrário de uma academia onde se pode por exemplo ajustar a temperatura ambiente, nas águas abertas o atleta se vê diante de algo que é simplesmente “incontrolável”, ou seja, que não depende dele ou de outras pessoas. Por isso, respeitar a natureza é primordial. Não vale a pena se colocar em risco pelo simples fato de querer concluir um percurso ou ainda menosprezar condições aparentemente “fáceis”.
Por isso, treinos externos (simulados), fora o trabalho realizado em piscina, são fundamentais para que a pessoa se acostume com todas essas condições da prática de esportes ao ar livre. Para os que ainda estão iniciando, procure por locais onde seja possível ficar em pé até que você fique confortável em nadar no fundo e também consiga visualizar bem os pontos de referência antes de cair na água. Além disso, nunca nade sozinho! Mantenha-se “visível”, utilizando toucas chamativas ou boia para que as pessoas possam encontrá-lo com facilidade caso algum imprevisto ocorra, como uma câimbra ou mal estar, e tenha sempre um acompanhante próximo ou ciente do percurso para auxiliá-lo em caso de emergência. A segurança vem sempre em primeiro lugar nas águas abertas!
Espero que com esse texto possa motivar as pessoas a praticarem e conhecer melhor a natação em águas abertas. E que nos próximos meses a gente possa ter uma troca saudável de experiência, contribuindo assim para o crescimento da modalidade!