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Em live transmitida na última terça-feira (2), canal do YouTube Aloha Spirit Midia, João Castro, CEO da Ecooutdoor, anunciou o relançamento da histórica prova W2 Downwind, a primeira competição da modalidade realizada no Brasil, que acontecerá de 10 a 12 de outubro com inscrições limitadas.
Após um hiato de seis anos, a prova será reeditada de 10 a 12 de outubro na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, um dos palcos de sua rica história. Durante a live, Castro fez uma viagem no tempo, relembrando a trajetória da competição desde sua criação. “W2 Downwind foi a primeira prova de downwind realizada no Brasil. Ela aconteceu no Ceará, em 2012”, contou. Ele explicou que a escolha inicial pelo Ceará se deu pelas condições ideais de vento e ondulação, consideradas as melhores do país para a prática.
João Castro destacou os altos e baixos do evento. Após a primeira edição, que contou com poucos inscritos devido aos altos custos, a prova foi transferida para a Região dos Lagos em 2013, na busca por um público maior. A mudança foi um sucesso, e em 2014 o evento atingiu um número expressivo de participantes. No entanto, o crescimento trouxe preocupações com a segurança. Castro relembrou o momento em que anunciou a obrigatoriedade do uso de localizadores via satélite para a edição de 2015. A decisão, embora necessária, causou uma queda drástica no número de inscritos. “Foi planejado, a gente estava preparado para isso”, afirmou, ressaltando que a segurança era a prioridade. Entre 2017 e 2018, o evento retornou ao Ceará em um novo formato de “Tríplice Coroa”, com três provas de distâncias diferentes, modelo que, segundo ele, inspirou outras competições de sucesso. A última edição ocorreu em 2018, e os motivos da pausa de seis anos, segundo Castro, “ficam para o livro” que pretende escrever sobre a história do esporte no Brasil.
Para seu retorno, a W2 Downwind se concentrará novamente no Sudeste, com um posicionamento estratégico claro. “Nós jamais diremos que somos a melhor prova de downwind do Brasil. Não seremos, por uma questão de raia”, admitiu Castro, em respeito às condições do Ceará. O objetivo, segundo ele, é ser “uma experiência boa”, funcionando como uma “escola” para atletas que almejam desafios maiores. A prova terá um limite de 100 participantes nesta primeira edição de relançamento, visando garantir uma organização de alta qualidade e, principalmente, a segurança de todos. “Eu considero uma prova dessa aqui na Região dos Lagos mais perigosa e mais arriscada do que no Ceará”, explicou, citando a água fria e a direção do vento como fatores de risco.
A nova edição da W2 Downwind contará com diversas categorias para canoas individuais (OC1/V1), duplas (OC2), coletivas (OC6/V6), Stand Up Paddle (com limite de prancha de 14 pés) e Paddleboard. As inscrições já estão abertas no site Ticket Eco e, devido ao anúncio recente, o prazo para o primeiro lote foi estendido. A gestão da prova ficará a cargo de uma nova diretoria técnica, liderada por Gustavo Ratones e Dave Macknight, dois nomes experientes no cenário. Ao final, João Castro reforçou o convite aos atletas, prometendo que, embora o evento comece pequeno, o plano é crescer com qualidade e, futuramente, realizar edições especiais em outras raias icônicas do Brasil.