Documentário de Paddleboard retrata uma das travessias mais desafiadoras da história
Em “A Date With the Strait” remadores de paddleboard testam seus limites ao desafiarem as perigosas águas ... leia mais
Na terça-feira, 08 de junho, o waterman sul-africano Chris Bertish deu início a sua nova travessia oceânica com o objetivo de se tornar a primeira pessoa a ir da Califórnia ao Havaí usando um wing foil, em uma jornada de 2.750 milhas pelo oceano Pacífico.
A estratégia de Chris de partir de Half Moon Bay permitiu que ele contornasse a costa sul da Califórnia quando partisse, pois, caso algum problema importante surgisse durante os primeiros dias, antes de virar à direita, rumo ao Havaí, não haveria como voltar atrás.
Uma decisão que se mostrou acertada, pois, por volta das 19h00 da segunda-feira, já próximo do ponto em que mudaria seu curso para o oeste, sua prancha transoceânica apresentou um vazamento e um ponto de difícil acesso, contudo, Chris conseguiu consertar o vazamento em poucas horas, mas esta situação o deixou um pouco apreensivo.
Porém, no dia seguinte, mais um problema surgiu quando velejava pela região de Big Sur. As ondas aumentaram para 4 metros, com o vento chegando a 35 nós com muito frio e muita neblina. Ou seja, uma navegação extremamente perigosa ao longo de todo o dia, mas, também, uma oportunidade de testar seus equipamentos em uma condição mais extrema.
No final do dia, para sua surpresa alguns dos sistemas eletrônicos de sua prancha apresentaram pane, aparentemente por falta de energia, uma vez que o sistema é alimentado pela luz solar.
Sem informações precisas de rádio e GPS, Chris então lançou sua âncora marítima e aguardou até o dia seguinte, para que, com o sol da manhã, pudesse começar a recarregar seus sistemas eletrônicos solares e verificar o real estado de seus equipamentos. Foi então que percebeu fragilidades em seus equipamentos que não deveriam ocorrer, chegando à conclusão de que avançar pelo Pacífico, nessas condições, seria extremamente arriscado e decidiu retornar.
No final da noite, Chris chegou a Morro Bay, onde foi rebocado para a costa pela Guarda Costeira. Ele vai reiniciar a travessia assim que tudo estiver consertado, ou no próximo mês ou no início da próxima temporada, dependendo da janela do tempo e do tempo para reparos.
Mesmo assim, Chris Bertish estabeleceu um recorde mundial para a maior distância percorrida em um wing-foil, solo e sem suporte em 212 milhas – mais uma importante conquista em sua impressionante carreira da única pessoa a cruzar o oceano atlântico remando em um SUP transoceânico até hoje.
“Estou muito feliz e orgulhoso do que conseguimos alcançar com o novo recorde mundial. Tive a grande oportunidade de testar todos os sistemas e encontrar soluções para tornar a navegação mais segura quando partir novamente. Esperamos poder reiniciar e terminar o projeto em breve ”, disse Bertish.
O humor do Pacífico não anda muito bom em relação aos aventureiros. No dia 06 de julho, o francês Cyril Derreumaux também interrompeu a expedição Solo Kayak to Hawaii, na qual, assim como Bertish, tem como meta chegar ao Havaí desde a Califónia, porém, remando de caiaque transoceânico.
Ambos os aventureiros, contudo, estão firmes em seus propósitos e decididos a seguir em frente com sua missão.