Ubatuba celebra tradição caiçara com corrida de canoas
No último domingo (21) a praia do Perequê-Açu, em Ubatuba (SP), recebeu a 1ª Corrida de Canoas, como ... leia mais
Quando vamos ao médico e estamos com alguma dor ou lesão, é comum o médico recomendar sessões de fisioterapia, assim como a realização de exercício físico voltados para o fortalecimento da região acometida. A depender do caso e também do peso do indivíduo, é recomendada a prática de exercício físico em ambientes líquidos.
Mas por quê? Porque os exercícios físicos realizados em ambiente líquido proporcionam menos impacto nos músculos, ligamentos, tendões e estruturas ósseas. Não é à toa que para aqueles que estejam acima do peso são aconselhadas modalidades de baixo impacto como a natação e a hidroginástica.
Mas será que todos os esportes aquáticos apresentam pequeno impacto? Como afirmar que o surfe é um esporte de baixo impacto se levarmos em consideração as manobras aéreas da modalidade? Como defender com convicção que os esportes praticados em ambientes aquáticos e naturais, como o bodyboarding e o kitesurf, são livres de impacto?
O mesmo vale para o bodysurf. Apesar das manobras aéreas não serem o foco do esporte, no bodysurf existem outros momentos que colaboraram para a geração de impacto no corpo humano. Situação clássicas como aproveitar o foam ball para sair do tubo e fazer um el rollo no lip, aterrissando intensamente na base da onda. Ou então um drop aéreo, quando você perde o contato com a parede da onda, tamanha a energia desta.
Embora muitas pessoas acreditem que o bodysurf seja um esporte livre de impacto, isso não é real. Assim como não é sensato afirmar que podemos apenas nos machucar em ondas grandes, pois elas sim são carregadas de potência, enquanto as pequenas são “fracas”. A realidade é que não somos capazes de controlar as variáveis naturais, uma onda sempre terá energia o suficiente para nos impactar.
Ainda assim, para desmistificar esse tema, o vídeo abaixo promove uma discussão interessante acerca do tema a partir da análise de diferentes ondas: pequenas, grandes, fechadeiras, longas, tubulares e cheias.
É fundamental observar atentamente cada um dos fatores que influenciam nesse tema. Considerando que sofremos constantemente com o impacto, estamos dando margem ao desenvolvimento de algum tipo de lesão. A situação se agrava ainda mais se não estivermos preparados fisicamente para tal e daí a importância em treinar fora d’água. Como todo esporte, o bodysurf requer treinos de fortalecimento, prevenção de lesões e não apenas técnica! Vai achando que o bodysurf é molezinha.
Aloha
Letícia Parada
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