
Equipe de OC4 faz história ao surfar ondas ao lado de plataforma petrolífera
Equipe de OC4 surfe foi conferir de perto ondas que quebram ao lado da plataforma petrolífera Esther Oil, ... leia mais

A partir do próximo 02 de fevereiro, um grupo de 12 mulheres dará início a uma travessia de 180 quilômetros que separam as cidades do Rio de Janeiro e Paraty a bordo de uma canoa polinésia, tendo o apoio de um veleiro, que oferecerá suporte para o revezamento das participantes.
O projeto, intitulado Travessia Rio-Paraty, é promovido pela VagaLume Va’a, associação de remadoras com sede na Marina da Glória, Rio de Janeiro (RJ), que desde 2015 busca criar oportunidades e estimular hábitos saudáveis entre seus membros.
“A ideia por trás do evento é quebrar o paradigma de que mulheres acima dos 40 não têm capacidade física ou não gostam de vencer desafios. Reunimos um grupo de amantes do mar e praticantes da canoagem, mas que não necessariamente são atletas profissionais, para tentar mostrar que qualquer uma, independentemente da faixa etária, é capaz de grandes realizações“, afirma Giselle Banjar, uma das fundadoras do projeto campeã Brasileira e PanAmericana Máster em 2019 (longa distância).
Dentre as participantes estará Elisa Mirow, praticante de vela desde a década de 1970, a atleta é uma das primeiras mulheres a comandar uma tripulação em grandes competições nacionais como a Regata Santos-Rio, uma das mais tradicionais e desafiadoras do país. Em meados de 2021, Elisa conheceu a canoa polinésia e também se tornou uma das entusiastas da modalidade entre o público feminino.

“O retorno nas mídias sociais é sempre muito positivo e mostra a importância de se criar exemplos. Várias mulheres contam que fizeram o curso de vela após me ver, com apenas 56 quilos e 1,65m, comandar uma embarcação. Hoje, temos as bicampeãs olímpicas Martine Grael e a Kahena Kunze, que são uma inspiração enorme para as meninas mais novas. Eu já pego o nicho das mulheres maduras, não tiveram oportunidade antes, mas descobrem que mesmo agora é possível ir atrás dos seus sonhos“, revela.
E foi justamente com esse objetivo de inspirar que as organizadoras da travessia optaram por reunir pessoas que já fazem a diferença em suas áreas e apoiam outras mulheres. Assim, o time incluirá desde a medalhista olímpica Isabel Swan, bronze em Pequim 2008, até médicas, ambientalistas e artistas.
“Queremos mostrar o poder que o feminino tem, abrir caminhos e possibilitar que outras mulheres se enxerguem dentro desse perfil e comecem a desenvolver suas potencialidades e a dar força umas às outras para atingir grandes feitos”, acrescenta Giselle.
Programada para uma janela entre os dias 2 e 10 de fevereiro, a depender das condições climáticas, a Travessia Rio-Paraty unirá duas modalidades náuticas: a vela oceânica e a canoa polinésia.
As participantes, todas mulheres entre 38 e 60 anos, irão partir da Marina da Glória e percorrer 180 quilômetros até Paraty em duas etapas, remando 100 deles no primeiro dia e os outros 80 no segundo. A travessia será no formato de revezamento, com as participantes alternando entre as embarcações ao longo da jornada.
Fonte: Press Release