Remadores fazem círculo virtuoso pela redução dos plásticos nos oceanos
Ação promovida pela Cleanwave busca chamar a atenção da sociedade para o problema do plástico e divulgar ... leia mais
Equilíbrio, capacidade muscular, condição física e estilo de vida: esses são alguns dos benefícios que os alunos do Projeto Sinais, pioneiro no Brasil, que oferece atividades esportivas, culturais e de cidadania para pessoas surdas, deficientes auditivos e implantados cocleares, vivenciam com as aulas de canoagem no clube Kaiaulu Va’a. A prática ocorre de maneira gratuita quinzenalmente na Praia da Preguiça, na Avenida Contorno.
As aulas são feitas de maneira adaptada e inclusiva. Lorena Lago, gestora da Kaiaulu Va’a, destaca que uma das mudanças foi o comando sonoro de troca de lado da remada, chamado “hip” feito na proa da canoa. Agora é feito por um comando visual, com sinal de troca feito na popa da própria canoa.
“Capacitamos e certificamos a equipe com curso básico de libras, com professor surdo, pela Central de Libras da Prefeitura de Salvador em parceria com a Diretoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, temos acompanhamento de intérprete de libras da Rua Sinalizada e Dê um Sinal e adequamos a orientação de instrução e metodologia de aula para atender as pessoas surdas e com deficiência auditiva para promover uma experiência única e inesquecível na canoa havaiana”, pontua.
O projeto é uma iniciativa do Clube de canoagem Kaiaulu Va’a, Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (SEMPRE), em parceria com a Associação de Remo Salvador (ARS). Desde a aula inaugural no dia 4 de maio, mais de 65 pessoas já participaram.
Um deles foi o estudante Felipe Oliveira Silva, 18, que teve contato com a canoa pela primeira vez através do projeto. “Para mim foi uma experiência incrível, eu me senti muito confortável. A água me deu muita energia, me deu prazer”, relata.
Além de redução de stress, ansiedade e angústia, a canoagem também promove melhoria da qualidade de vida. “Também percebemos um desenvolvimento da capacidade intuitiva dos surdos e deficientes auditivos. No caso do esporte e da surdez, o papel social e cultural da atividade física também é muito importante. Permite que os esportistas quebrem o isolamento e melhorem sua maneira de se comunicar e socializar com os outros surdos e ouvintes”, pontua Lorena.
O projeto também é uma reafirmação do nome do clube, que significa “Comunidade da canoa”, mostrando que a comunidade é inclusiva. Além de remar e fazer exercícios físicos, os alunos tomam banho de mar e veem Salvador por um novo ângulo.
Para participar, basta fazer a inscrição no local com documento de identificação ou através do WhatsApp do projeto (71 98419-6372). O calendário de atividades pode ser acessado no Instagram do projeto e de seus parceiros.
Sobre a Kaiaulu Va’a:
Kaiaulu Va’a! O nome traduz-se como “Comunidade da Canoa”, refletindo a visão do clube de que a canoa não é apenas uma embarcação, mas sim um elo que une toda a comunidade.
A história da Kaiaulu nasce da colaboração entre duas mentes distintas, convergindo em um objetivo compartilhado: expandir o mundo da canoa havaiana para gerar transformação social por meio do esporte, da arte, da cultura e do lazer.
Nessa fusão de valores, conhecimentos e experiências, fornecem uma jornada na canoa havaiana que vai muito além da atividade física. Na Kaiaulu, as equipes não apenas navegam juntos, mas também evoluem coletivamente.