Daniel Bueno de Camargo fala sobre a nova diretoria da CBVA’A
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Nosso editor bate um papo com Jonatah Vaz, fundador do Paraná Hoe, para saber mais sobre a criação do clube e o desenvolvimento do va’a no litoral do PR. Confira:
Há quanto tempo você está morando no litoral do Paraná?
Desde 2013. Vim para trabalhar no setor náutico, juntou ao porto de Paranaguá. E logo percebi o potencial enorme da baía de Paranaguá para as remadas.
E como foi no início?
Como não conhecia ninguém, por muito tempo saia pra remar sozinho. Na época não tinha muita gente remando aqui. Pelo menos eu não via muita gente na água! Até que cerca de um ano depois, encontrei um grupo de caiaque de pesca de Paranaguá e eu, com uma vontade de agregar e fazer amigos remadores, fui até eles conversar e então conheci o Grupo Kayak Sul Aventura. A partir daí comecei a frequentar as remadas deles sempre fazendo algumas trips e explorando também algumas ilhas aqui do litoral.
E o clube de canoa havaiana, quando surgiu?
Através do Grupo Kayak Sul Aventura conheci mais uma equipe de remadores de Paranaguá em um evento local, a Equipe de Remo Itiberê. Fiz mais amigos e a partir daí me surgiu a ideia de trazer a canoa havaiana, pois até então não tinha nenhuma no litoral do PR, mas não tinha condições de comprar uma canoa. Felizmente, pouco tempo depois apareceu uma OC4 por aqui, trazida por um grupo de alunos da UFPR que formaram a base CPP Pontal do Paraná.
Mas você continuou com a ideia de montar o seu clube, certo?
Sim. Queria montar uma base num lugar onde não tinha ninguém, como Paranaguá, com o intuito de mostrar um pouco da cultura do va’a, até, no final de 2017, vi no Facebook um anúncio de venda de uma OC4 e uma OC6 em Cananéia por um preço muito bom. Conversei com meu irmão, Jader Vaz, e compramos juntos as canoas. Daí em diante as ideias começaram a virar realidade e foi plantada a semente do Clube Paraná Hoe.
E como foi a ideia de trazer as canoas remando de Cananéia a Paranaguá?
No mesmo momento em que meu irmão confirmou que iria fechar negócio eu tive a ideia de trazer as canoas remando pelo canal do Varadouro. Entrei em contato com a galera da Floripa VA’A convidando eles para participarem da remada. O Alemão aceitou o convite e montamos o time com um grupo de remadores locais e da Floripa Va’a. A experiência foi muito positiva e eles ainda me ajudam com algumas dúvidas sobre a cultura.
Em quanto tempo vocês fizeram a travessia?
Fizemos em 10h36 remando direto. Foram 108 km percorridos no total. Participaram da expedição 35 remadores no total e um barco de apoio.
Desde então o Clube Paraná Hoe está funcionando?
Sim. Remamos regularmente no litoral do Paraná. Além disso, o Herbert Pratz que é atleta de SUP e remador do grupo, é também um grande parceiro aqui da Ilha do Mel, tem ajudando muito na divulgação do nosso trabalho e temos alguns projetos para fomentar a cultura do va’a. Ele é um dos organizadores do Festival Eco Cultural e Esportivo da Ilha do Mel e nós estamos planejando trazer a canoa polinésia para a edição de 2018 do festival. Não de uma forma competitiva, mas com uma pegada mais de integração mesmo.
E qual o objetivo do clube?
Queremos fomentar o esporte fazer a canoa crescer por aqui, aproveitar e curtir a baía de Paranaguá. Além de nossas remadas regulares, estamos desenvolvendo atividades sociais com crianças carentes e com necessidades especiais, pessoas da terceira idade e mulheres do câncer de mama. Também temos planos para um dia formar uma equipe e participar de campeonatos.
Para saber mais sobre o Paraná Hoe visite o instagram @paranahoe