Brasileiro de Va’a: os desafios da cobertura fotográfica em águas profundas

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Ádamo Mello, no detalhe, à direita, em busca da foto perfeita. Passar horas na água, lidando com correntes, baixas temperaturas e ondulações são alguns dos desafios que os fotógrafos aquáticos enfrentaram para cobrir o Brasileiro de V6. Foto: Jonatan

As provas de va’a no Brasil têm se mostrado cada vez mais desafiadoras e levar a cobertura fotográfica desses momentos acaba se tornando a missão complexa abraçada por fotógrafos esportivos.

Entre os profissionais que vem se destacando, Ádamo Mello, é sem dúvida um nome que merece ser lembrado. O fotógrafo aquático percorre o litoral brasileiro registrando as mais diversas competições no mar em busca da foto que define o trabalho de sua vida.

Natural de Belém do Pará e atualmente morador de Niterói (RJ), Ádamo já se lançou ao mar das principais competições de va’a do país com o objetivo de registrar a beleza dos movimentos, a garra e as conquistas dos atletas em meio a ondas e mares revoltos.

Contudo, por trás desse ímpeto para encarar condições realmente desafiadoras na água, existe muita preparação prévia. Todo o seu trabalho é executado após um preparo estratégico diante das inúmeras situações que podem acontecer com seu equipamento e o risco de vida.

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“Montanhas de água” disputam a paisagem com o corcovado. Além de sensibilidade para captar esse momento, é preciso muita preparação e disposição. Foto: Ádamo Mello

Em seu último desafio, no polêmico mar do Campeonato Brasileiro de V6, com inúmeras problemáticas climáticas, a estratégia era entrar de jet ski no  “olho do furacão” com vento forte, o mar gelado e tempestuoso, a água explodindo na bancada de rocha na frente do forte santa cruz, pular na água com nadadeira, colete e caixa estanque e assim fazer o máximo de registros possíveis, subindo de volta no jet antes de ter uma hiportemia. Uma verdadeira maratona encarada nos bastidores que muitos não imaginam que aconteça.

Sobre estar em uma situação extrema, como foi fotografar o Brasileiro de V6, Ádamo vai direto ao ponto: “Não recomendo a ninguém entrar em tais condições de mar sem preparo adequado”, reforçando que “Tudo isso foi feito com avaliação prévia do risco”.

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Ádamo Mello: “A “medalha” do fotógrafo é a realização por realizar um bom trabalho”. Foto: Arquivo pessoal

Não é fácil passar horas na água, lidando com os elementos naturais, sem saber o que está a sua volta debaixo d’água. É o trabalho empreendido para registrar eventos aquáticos é desgastante, mas produz resultados incríveis.

A “medalha” do fotógrafo é a realização por realizar um bom trabalho: “Fiquei feliz com o resultado após um trabalho duro. Acredito que tivemos êxito em trazer um pouco do espetáculo que o nosso esporte promove, a conquista”, conclui Ádamo Mello. Confira algumas imagens:

Brasileiro de V6 2023 pelas lentes de Ádamo Mello

Fotos protegidas por direitos autorais. Entre em contato com o fotógrafo para reprodução: @mello.adamo.

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