
WaterCast: Tiago Brant, muitas ondas antes da Série ao Fundo
Tiago Brant, apresentador no canal Série ao Fundo, no YouTube, tem uma longa história de serviços ... leia mais
Em 1976, quando a canoa ancestral Hokule’a viajou do Havaí ao Taiti, sem instrumentos modernos, foi recebida por uma multidão de mais de 17.000 pessoas em Papeete.
Essa jornada reviveu a arte de polinésia de viajar pelo oceano, que estava perto de ser esquecida. No entanto, o sucesso da viagem da Hokule’a foi a retomada de um sentimento adormecido entre os povos da Polinésia, alimentando seu orgulho por sua cultura e suas tradições.
A partir de então, uma série de viagens foram feitas e novas canoas tradicionais de casco duplo, como a Hokule’a, foram construídas em diferentes ilhas do Triângulo Polinésio.
Mas não foram apenas os homens que fizeram parte desse renascimento. A navegadora havaiana Kala Tanaka foi um nome de destaque entre os importantes marinheiros que navegaram junto à Hokule’a.
O pai de Kala, Kalepa Baybayan, é um mestre navegador e foi um dos membros da tripulação original em Hokule’a de quem a filha tornou-se legítima herdeira.
“Quando comecei a velejar, não fui forçada a isso. Meu pai nos deixou fazer o que quiséssemos. Ele disse que se eu fosse viajar, teria que encontrar meu próprio caminho para a canoa. E é isso que eu fiz”, disse a navegadora polinésia em entrevista muito interessante concedida ao site gohawaii.com.
Especialista em navegação sem instrumentos tradicionais, exatamente como faziam os antigos polinésios, ela conta que navegar assim, atenta ás estrelas e aos elementos da natureza, é uma forma de se conectar com seus ancestrais:
“Quando estou navegando ou olhando para o céu, observando as estrelas, sinto que estou junto de meus ancestrais”, revela.
Para muitos, a personagem Moana foi inspirada, em parte, nas habilidades náuticas de Kala Tanaka. No entanto, ainda que a Disney nunca tenha feito qualquer menção há isso, há uma foto icônica de Tanaka usando as mãos para calcular a rota de sua canoa, que é reproduzida pela personagem na animação.
O gesto consiste em manter polegar posicionado ao longo do horizonte e os dedos na vertical para que o navegador alinhe sua rota com as estrelas.
O fato é que se Moana foi ou não inspirada em Kala torna-se secundário diante da importância de Kala, tanto para a tradicional cultura náutica dos polvos polinésios, quanto para todas as mulheres que decidem conduzir o próprio rumo de sua história.
Para ler a entrevista completa (em inglês) clique AQUI.