Juniores do Brasil brilham com medalha de ouro no Mundial de Va’a

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Mundial de Va'a Niteroi
Equipe brasileira Júnior 19 anos fez bonito e conquistou a medalha de ouro na abertura do Mundial de Va’a em Niteroi. Foto: Lucas Miom

A equipe brasileira de juniores fez bonito conquistando a medalha de ouro na abertura do Campeonato Mundial de Va’a Longa Distância realizada no sábado (16) em Niterói (RJ). Os seis meninos do país na categoria até 19 anos conquistaram o primeiro título mundial da história do país na categoria, que teve largada e chegada na Praia de São Francisco.

Foram 16km de muitas remadas pela orla da Baía de Guanabara e Região Oceânica de Niterói com uma grande disputa com a tradicional equipe do Taiti. A equipe brasileira desgarrou a partir da metade da prova e consolidou a medalha. A Nova Zelândia completou o pódio.

A equipe brasileira campeã mundial foi formada por Kaique Passos, de Ubatuba (SP), Luan Reis, de Búzios (RJ), Felipe Rodriguez, também de Búzios, mas que mora em Niterói (RJ), Eduardo Gadelha, do Rio de Janeiro (RJ),  Gabriel Miranda, de Santos (SP), e Cauã Santana, de Niterói (RJ).

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Cauã destacou: “Quero agradecer todo mundo que me trouxe até aqui hoje por todo o processo de base para ganhar um Mundial de hoje. Esse time brasileiro foi criado desde 2022 para 2023, Ubatuba vinha fazendo o trabalho de base e foi nos chamando. Havíamos conquistado o Bronze no Mundial de 2024 (sprint). Fizemos um camping em Ubatuba para fortalecer a equipe. O importante é a união, nos comportar como família e provamos isso para todo mundo”.

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Felipinho, que é de Búzios, mas mora em Niterói, destacou: “Com certeza o começo foi aquele nervosismo, de largar e não saber o que ia acontecer. Sabíamos dos países, mas não como teria que formar. Largamos bem, vimos que estávamos em primeiro e ficamos pensando que iriam colar conosco. Até a metade da prova eles (Taiti) estavam na nossa cola. Apertamos, mantivemos a cabeça fria. Eu e o Caique nos entendemos bem, do comando, entender o comando do capitão , ali at´re a metade da prova estávamos no nervosismo, depois conseguimos surfar um pouco mais e mesmo com a maré contra fomos bem e passamos a nos divertir e isso faz a canoa fluir mais. Quando se rema em equipe é isso, um entender e confiar no outro pois a canoa são os seis remando”

Foi uma prova muito boa, na largada não tínhamos noção da posição, galera do Taiti estava na nossa esteira até passar o Forte, depois dos 10km é que começou a disputa, começamos a distanciar, surfamos pra caramba, união da equipe foi perfeita e isso somou muito para conseguir o nosso resultado na água”, apontou Luan Reis, de 16 anos, o caçula do time.

Gabriel celebrou: “Estou muito emocionado, queria agradecer a galera que me apoiou sempre. Sem o apoio da minha família não conseguiria estar aqui, do meu técnico, dos meus apoiadores, muita gente por trás. Minha mãe é minha principal patrocinadora, a luta que vivemos nesse período principalmente após a morte do meu pai”.

“Essa conquista é extremamente significativa, pois marca a primeira vez na história que uma equipe brasileira se torna campeã mundial na modalidade. O feito ganha ainda mais relevância por se tratar de uma equipe da categoria de base, o que mostra o potencial das novas gerações e reforça a importância de investir na formação de jovens atletas. Esperamos que esse resultado sirva como um marco, chamando a atenção das entidades esportivas e autoridades competentes para valorizarem ainda mais a base, que é, sem dúvida, o alicerce e o futuro da alta performance no esporte brasileiro”, disse Lucas Miom, técnico do time.

Prata na Master 40

Mundial de Va'a Niteroi medalha de ouro prata
O primeiro dia teve ainda a medalha de Prata da Masters 40 Masculino para o Brasil. Foto: Reprodução Instagram

O primeiro dia teve ainda a medalha de Prata da Masters 40 Masculino para o Brasil contabilizando o dia com duas medalhas em cinco provas disputadas. O time nacional ficou atrás apenas do Taiti. O Chile completou o pódio: “Foi alucinante. Largamos bem, velocidade muito boa, quando passamos pelo Forte o mar ficou bem mexido, vento contra. Foi emocionante, o Taiti passou a gente, nós passamos eles, mas eles passaram. Estamos bem felizes, disputamos de igual pra igual com o Taiti, grande resultado”, disse Paulão dos Reis da equipe brasileira da Masters 40 que ainda teve Zé Gabriel, Alexandre Cumeira, Ricardo Sanson e Carlos Filho.

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A Masters 60 Masculina deu também Taiti com os Estados Unidos em segundo e a Austrália em terceiro com o time brasileiro em quarto lugar. A Nova Zelândia foi campeã juvenil no 19 anos. No Open Feminino a França foi campeã com Iloha Eychenne. O Taiti levou mais um Ouro com Nateahi Sommer no Juvenil até 19 anos, categoria V1. A brasileira Nina Romeiro terminou com o quarto lugar.

O Mundial segue neste domingo com mais nove provas a partir das 7h30 com entrada gratuita. O multicampeão mundial Tupuria King, da Nova Zelândia, entra na água às 10h30 no Open Masculino V1 em busca do primeiro título em mundiais de longa distância. Ele é multicampeão mundial de sprint (distâncias curtas) e ídolo no VA´A mundial.Estarão representados a Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Cingapura, Espanha, Estados Unidos, Fiji, França, Futuna & Wallis, Grã-Bretanha, Havaí, Hong Kong,  Ilhas Cook,  Ilhas Norfolk, Itália, México, Nova Caledônia, Nova Zelândia,, Panamá, Peru, Rapa Nui, Samoa Americana e o Taiti.

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